Mais um texto sobre Bryan Danielson vs Nigel McGuinness

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Continuando o processo de semana passada, hoje veremos uma luta do menino anteriormente conhecido como Bryan Danielson. Tal qual Prince, ele mudou de nome, mas não por ter se convertido ao cristianismo, mas à religião de Satã conhecida como WWE.

Hoje, vocês o chamam por Daniel Bryan. Entretanto, no combate analisado aqui, ele ainda era simplesmente Danielson, o “American Dragon” e, como ROH World Champion, tinha a chance de levar para casa mais um cinturão, esse segurado pelo subvalorizado Nigel McGuinness.

SIM, meu caro mancebo que acaba de sair do utero de mamãe, Nigel McGuinness é aquele mesmo comentarista do NXT. E, de fato, ele era um lutador DO CARALHO, tanto que tem hoje a honra de estar no mesmo lugar que já citou lendas como Steve McMichael e Charles Robinson.

BOM, o contexto é que Nigel era o ROH Pure Champion, um título que tinha regras mais restritas, parecido com o Wrestling clássico, algo que vestia McGuinness como uma luva.

E foi no show ROH United, primeiro evento da Ring of Honor na Grã-Bretanha, que esses dois cinturões se encontraram e se unificaram. Até porque, é preciso saber quem é o melhor e entre Danielson e McGuinness, meus amigos, definitivamente só pode haver um.

~começa a tocar queen~

Os estilos de luta eram bem parecidos. Nigel é de uma safra inglesa que tentava recuperar o bom nome da terra da rainha dentro do PW. Tinha o estilo catch agressivo que hoje é alvo de masturbação dentro do PW Mainstream, mas que na época era ignorado a exaustão.

Caso você não acredite em mim, a carreira inteira do William Regal esta ai para provar.

Danielson também ia por esse mesmo caminho, sendo um pouco mais cirúrgico e, para usar o português cristalino de nosso senhor, FILHO DA PUTA. Ainda faltava nosso menino a personalidade infernal que tem hoje, mas ali já estava o embrião que faria dele o homem mais amado/odiado da terra.

E é engraçado ver como existia, também ai, a possibilidade de Daniel Bryan levantar dois títulos na sua carreira. Seria um belo de javu, não? Quase tão bom quanto a banda.

Ainda que não seja tão bom quanto o grupo, essa luta também se prova totalmente excelente. Combinando uma crowd britânica sempre inspirada com um astro local e um Bryan focado em ser DESGRAÇADO, é possível enxergar ai um clássico em formação.

As regras, que proibiam o soco na cara e limitavam o numero de Rope Breaks, deixam a narrativa muito mais complexa. Inclusive, eu me peguei sentindo, pela primeira vez em muito tempo, agonia por conta de uma submission.

Isso porque os lutadores economizavam nos Rope Breaks. Sério, se você não consegue ver beleza nisso, volte duas casas.

Enfim, meus amigos, essa é uma faceta do Bryan Danielson que eu quero levar para o nosso futuro combate ficticio contra Ricky Steamboat. É um pouco dessa personalidade, do Dragão contra Dragão, mas com o carisma e visual atual. A beleza do Wrestling e da ficção, se não são, de fato, a mesma coisa, é poder misturar e brincar com tempo, espaço e realidade.

Enquanto não fazemos isso, vamos aproveitar pois Nigel McGuinness (ROH Pure Champion) vs Bryan Danielson (ROH World Champion) no ROH United 2006 foi real.

Mais que real, foi história.

Semana que vem, talvez tenhamos, finalmente, a lutinha fake FAKE.

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