Mais um texto sobre a primeira Money in the Bank

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Eu poderia argumentar que o texto atrasou porque eu queria esperar o PPV do Money in the Bank e fazer algo condizente, mas a realidade? Eu sou um filha da puta ocupado e preguiçoso, meu caro leitor.

Enfim, a semana já está aí, oroborus de nossas desgraças. Portanto vamos para mais um texto. Comparado com a Money In The Bank masculina de 2019 ela empalidece, mas o final é melhor. Comparado com a feminina eu sinceramente não sei, não consegui assistir ao vivo e não vou ir procurar antes de acabar o texto.

O importante é você saber que esse clássico vale muito a pena e como nasceu ali naquele dia a fagulha que viria a ser o Rated R Superstar.

money in the bank shelton
eta porra

É interessante pensar que o começo de uma das carreiras mais prolíficas do PW se passa em uma luta na qual o protagonista mal aparece e não faz parte dos spots principais da luta.

Porque, sejamos francos amigos, Edge sempre destruiu em ladder matches e ele simplesmente, nesta feita em questão, quase não fez porra nenhuma.

“Qual feita?” me pergunta a voz do sono.

Do fundo da minha cabeça surge outra voz, mais grossa e um pouco fanha. Ela diz “ três de abril de 2005”

A Wrestlemania 21 tinha a difícil missão de passar a tocha para dois novos talentos de uma vez só. Correndo por fora vinha a possibilidade de upar um novo midcarder ao status de main eventer ou somente dar oportunidades a quem já tem.

Como vimos no MITB mais recente, oportunidade para quem já tem da e sobra.

Enfim, 2005 é distante e vago, 14 anos atrás para ser mais exato. Este que vos escreve estava na primeira série e tinha a mesma idade mental de hoje. Talvez isso signifique que eu gostaria muito dessa luta já naquela época.

Até porque os competidores estavam sublimes neste combate. Não me lembro de uma luta que não fosse pelo título de duplas envolver tantas escadas e tanta gente junto anteriormente a esta luta.

O nome que grita primeiramente no meu ser é o de Shelton Benjamin. O exímio lutador domina os spots com uma criatividade e timing invejável. É um crime esse cara nunca ter sido campeão mundial. Na  época ele segurava a cinta dos continentes.

money in the bank shelton

Chris Benoit também teve ser momentos e foi quem levou a storyline da maleta adiante com o vencedor da luta.

Christian já exalava carisma, mas tinha abandonado sua melhor theme song, o que me faz ficar  bem triste. Ele estava acompanhado por Tomko, o que adicionava mais um elemento de imprevisibilidade naquele cluster f*ck da desgraça ferrenha.

E eu preciso confessar, meu leitor aflito, que eu adorava o Kane de todo o meu coração. Para mim ele era o tipo de Powerhouse de um mundo de fantasia e que conseguia pular do turnbuckle. Só isso pra mim já valia o mundo. Ainda vale, mesmo sem significar porra nenhuma.

Jericho é a mente pulsante por trás dessa ideia maluca e estava meio esquecido nessa época, meio perdido em um personagem face, mas sempre com muita qualidade.

E tínhamos Edge. Já era excelente, mas ia florescer para o inacreditável. Entretanto, não vou mentir aqui e dizer que ele era o açúcar queimado do pudim quando falamos de técnica. Ele era bom. Bom, em muitos casos, já basta.

E o resto é história, acompanhe aí

Eu particularmente gosto do conceito da Money in the bank. Já existiam  lutas feitas a moda caralho do nada contra lutadores fudidos, mas ela institucionalizou e tornou isso uma possibilidade sempre a espreita do campeão. Uma corda no pescoço que as vezes puxa quando estamos esperando e em outras feitas demora, demora muito, para depois nos pegar de surpresa no fim da curva.

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