Mais um texto sobre Piper x Valentine

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Ou, como eu prefiro chamar: um texto sobre luta qualquer porra

Desculpe pelo atraso, querido leitor, foi uma semana difícil e um longo final de semana. Contudo, depois de uma sessão de Vingadores, um episódio de Game of Thrones e uma vitória apertada no Rugby – inclusive abraço Borges, gente fina – estamos aqui para falar sobre…

Greg Valentine vs Roddy Piper numa Collar Match? Sério isso?


Daddy

Bom, vocês já devem ter percebido que eu sou uma pessoa que gosta das coisas por afinidade e também por estética. Também acho muito legal ver coisas aleatórias nada a ver e é disso que eu alimento meu HD, tanto mental quanto real.

Valentine vs Piper é um exemplo disso. A luta aparentemente era pelo NWA US Title, mas na verdade não era e os comentaristas que eram burrões e erraram. Bob Claude, Gordon Solie, eu estou olhando para vocês com julgamento e desdém.

O palco? Starrcade que aconteceu no ano indiferente, kabalistico e tesudo de 1983 – inclusive, o primeiro Starrcade da história do mundo das histórias da cronologia mental do milênio.

Devo salientar, meus amores, que eu poderia falar sobre Flair vs Harley Race no Main Event, mas eu não foi por motivos de FODA-SE.

O contexto da luta, pelo que eu entendi caindo de paraquedas, é que Valentine machucou a orelha do escocês que via fantasmas e aí o Hot Rod pediu uma corrente com duas coleiras e falou “eu quero ficar preso com aquele candango ali que me machucou”.

Os deuses das estipulações idiotas têm tantas faces! Deixo aqui a menção honrosa ao meu grande amigo e amante Joker, que realmente odeia Strap Matches ou qualquer luta que ligue dois lutadores através de um cabo, corda ou correntinha feita de balas fini e pedaços de corretores financeiros com baixa auto estima.

Agora, falando sobre a luta? Eu descobri, pesquisando depois de ter assistido ao combate, que essa luta é meio que um clássico. Não que conte qualquer coisa, até porque existe muita merda que é considerada clássica – neste momento eu dirijo meu olhar ao Guns N Roses – e não é por causa disso que você é obrigado a gostar. Mas sinceramente, é até uma luta divertida.

O que temos aqui é um brawl interminável em uma estipulação idiota com uma boa dose de criatividade, disposição para trabalhar a luta no pique e uns bom dois barril de sangue.

Sangue o suficiente para fazer um certo perfil do Twitter que é dono de um certo site para o qual eu escrevo sobre lutas aleatórias ficar todo empolgado. Você teria de me matar por favor antes de eu te contar quem é.

Eram tempos diferentes e comparado a WWF, NWA era um recanto do bom PW e das ideias minimamente sensatas. Sério, a WWF era bem ruim, inclusive aquela merda só começa a ficar boa quando uns caras novos e mais leves entram na empresa. A carne de primeira estava no midcard enquanto uns mongol tipo Hogan iam crescendo.

Rowdy Roddy Piper eventualmente ia para lá, mas aí já é outra história.

Do fundo do meu coração e do meu plexo solar, eu não sei como definir o Roddy Piper. Ele era um filha da puta carismático, um cara bacana, um lutador okay, uma pessoa com boas ideias. Alguma dessas ou todas essas.

O campeão americano de pesos pesados da NWA Greg “martelinho de ouro” Valentine então? Nem me pergunte.

Inclusive você pode ouvir o falecido Piper  falando sobre a luta através do vídeo abaixo.

Ou não, se você não quiser, problema seu.

Você pode tirar algumas coisas boas dessa luta como a simplicidade da narrativa ou ver que a ideia é bem ruim. Ou você pode reclamar  e não assistir, com o argumento que a estética é datada e a luta não tem um move ofensivo, um combate majoritariamente de socos e chicotada de corrente.

Independente do argumento, eu estarei aqui semana que vem.

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