O lutador da WWE, Aleister Black, detalhou as experiências pessoais que moldaram sua persona sombria e enigmática no ringue. Em entrevista ao “The Cody Tucker Show“, Black explicou que seu personagem tem raízes profundas em sua infância, passada em meio a uma faceta familiar com fortes e extremas convicções religiosas.
“Para mim, tudo veio de uma experiência de infância crescendo em uma família com laços religiosos muito, muito profundos, com uma devoção quase cultista em um lado da minha família, de onde meu pai era”, disse Black. Ele esclareceu que, embora seu pai não compartilhasse essas visões, a família estendida era intensa. “A religião em si era muito sombria, do tipo fim do mundo, todos são pecadores. O mundo está acabando… Seguidores muito devotos.”
Black explicou que questionar esse sistema rígido o levou ao interesse pelo ocultismo. “Por causa dos fortes laços com a religião, e eu não entendendo a religião e sempre a questionando, desenvolvi um grande interesse pela religião”, afirmou. “Você também começa a se interessar pelas partes que a contrariam. Então, passei da religião para o ocultismo.”
Ele descreveu essa mudança como uma rebelião natural contra seu ambiente. “Eu acho que, de certa forma, você se rebela contra o sistema em que cresce, porque você não concorda com ele”, observou Black. “Você percebe que fora desses limites é onde a vida realmente está, e nós a buscamos cada vez mais.”
Essa sede por “conhecimento proibido” em uma era pré-internet o impulsionou para livros e quadrinhos que moldaram sua visão de mundo. “Quanto mais eu lia, mais conhecimento eu queria saber, quanto mais eu sabia, mais inquieto eu me tornava”, relembrou. “Lembro-me de ter 11, 12 anos, e ficar acordado às três da manhã porque estava tentando entender o universo.”





