Analisando Sasha Banks vs Charlotte Flair

31 de outubro de 2016
Sasha Banks contra Charlotte Flair - HIAC 2016

Sasha Banks e Charlotte Flair encerraram o Hell in a Cell de 2016. Exclusivo do RAW, o evento contou com três eventos principais. A novidade estava no último combate. Pela primeira vez em sua história, duas mulheres estariam se enfrentando dentro de uma cela. Desde 1997¹⁾, a WWE promoveu dezenas de combates com essa temática, com finais surpreendentes e confrontos violentos.

Desta vez, as duas lutadoras fariam história. Mick Foley, na assinatura do contrato para o combate, lembrou à ambas as lutadoras os riscos que estar dentro daquela cela traziam; mas, as duas estavam prontas para enfrentá-los e fazer história.

Sasha e Charlotte fazem parte de uma nova geração de lutadoras da WWE. E, como uma empresa que tem um alcance global, são de extrema importância para um novo pensamento sobre o papel das mulheres na luta livre mundial. Já temos exemplos de federações exclusivamente femininas, como a SHIMMER²⁾. Porém, quando se está na empresa líder do ramo, a proporção é diferente.

Com a Revolução da Divisão Feminina iniciada em 2015, as mulheres deram um salto importante, mostrando que sim, são capazes. Exemplos disso são a IronWoman Match entre Sasha Banks e Bayley no NXT: Takeover Respect⁽³⁾, a Triple Threat entre Sasha, Charlotte e Becky Lynch marcando a volta do cinturão feminino na WrestleMania e o Main Event entre Sasha e Charlotte no RAW. Agora, elas chegaram ao evento principal de um Pay-Per-View, como será que elas se saíram?

Sasha Banks vs Charlotte Flair – O combate

243_hiac_10302016rf_6404-db781c2e161fdf79e958759740cd75a0
O combate entre Sasha Banks e Charlotte marcou a primeira Hell in a Cell feminina da história. (Foto: WWE©)

Antes mesmo de iniciar o combate, as entradas das duas lutadoras já foram um show a parte. Charlotte, carregada por seus soldados, entrou como uma verdadeira rainha, honrando o lugar que um dia foi ocupado por seu pai, Ric Flair. Já Sasha Banks, entrando com um luxuoso carro, levanta a torcida presente em Boston, sua terra natal.

Após o anuncio da desafiante e da campeã, a cela vai descendo e a emoção na torcida e dentro do ringue parece ser grande. Mas, antes de soarem o gongo, acontece a melhor parte do segmento. Um brawl entre Sasha e Charlotte que vai até as arquibancadas e termina em um Powerbomb direto na mesa dos comentaristas estrangeiros.

Ao quase vermos Sasha Banks saindo de maca nos lembramos do perigo de uma Hell in a Cell. Porém, quando ela retorna, vemos o quanto é divertido assistir esse tipo de combate. Como toda primeira vez, o combate era tenso, nem tudo saía como o planejado. Sasha sentia as costas, Charlotte atacava, Sasha revidava.

Alguns spots interessantes, uso de cadeiras e mesas, um combate experimental para mostrar do que as mulheres são capazes. Mas, como todo entretenimento, as vezes o roteiro pode não ser tão bom quanto o esperado. Mesmo que o anticlímax do final não correspondeu as expectativas, e Charlotte saiu como campeã enquanto eu, olhando para o meu computador, me perguntava se a luta tinha mesmo acabado. E tinha.

PONTO FORTE

O ponto forte desse combate vai para a atmosfera criada para ele. Todo o hype necessário para um combate ser esperado foi feito, a história foi bem planejada, e, até o último momento do combate se esperava algo surpreendente. Não surpreendeu, e isso nos leva ao ponto fraco.

PONTO FRACO

A WWE repetiu os mesmos erros que comete desde o início da “Divas Revolution”. A divisão feminina sofre uma expectativa gigantesca devido a sua explosão de talentos nos últimos anos, começa com uma empolgação sensacional, e termina com interrogações e mais interrogações. O combate seguiu a mesma linha, por mais que a mesa não tenha ajudado muito ao não quebrar no final do combate, a decepção com o final foi clara.

250_hiac_10302016rf_6957-7cd0787934a6615ebf167898888247fc
Erros não tiraram o brilho do combate. (Foto: WWE©)

ENTÃO, NÃO EXISTE ESPERANÇA?

Muito pelo contrário. O combate foi bom, o final que deixou a desejar. Mas isso não tira o mérito das lutadoras que não pouparam esforços para tentar fazer o melhor combate, além de arriscarem suas carreiras por isso.

É o primeiro combate nesse estilo, acontecem seus erros, há uma tensão. Esse é o primeiro passo para que outras lutadoras estejam nesse mesmo patamar, e para a luta livre no geral investir na luta livre feminina também como entretenimento na forma de combates de alto risco.

MAIS NOTÍCIAS

Joe Hendry oficialmente no elenco da WWE

Joe Hendry oficialmente no elenco da WWE

Joe Hendry é oficialmente parte do elenco da WWE, com seu nome agora constando na página de elenco da empresa.

27 minutos atrás

0

Nick Khan quer Pat McAfee de volta à WWE em breve

Nick Khan quer Pat McAfee de volta à WWE em breve

O presidente da WWE, Nick Khan, expressou o desejo de trazer de volta o comentarista Pat McAfee para a empresa em um futuro próximo.

5 horas atrás

0

Canal da WWE no YouTube ultrapassa 100 bilhões de Visualizações

Canal da WWE no YouTube ultrapassa 100 bilhões de Visualizações

O canal oficial da WWE no YouTube atingiu um marco histórico na história da plataforma após superar a marca de 100 bilhões de visualizações.

5 horas atrás

0

WWE rebate acusação de que ESPN estaria insatisfeita com parceria

WWE rebate acusação de que ESPN estaria insatisfeita com parceria

Freddie Prinze Jr., ex-membro da equipe criativa, sugeriu que a ESPN pode não estar satisfeita com os resultados dos eventos Premium da WWE.

17 horas atrás

0

Bastidores da WWE frustrados com Gunther sendo o último oponente de John Cena

Bastidores da WWE frustrados com Gunther sendo o último oponente de John Cena

A decisão de colocar Gunther como o oponente de despedida de John Cena na WWE tem gerado insatisfação nos bastidores da empresa.

22 horas atrás

0

Deixe um comentário