A feud de Triple H e Batista

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Recentemente o usuário do Youtube “Smarkdown” – eu achei que era difícil alguém ter um nome mais idiota que o meu – compilou TODA a feud entre Triple H e Batista dentro o período de 2004 e 2005.

Nesse período o querido Dave ainda não era a mega estrela, o super herói da Marvel ou o replicante plantador de cebola.

Ainda assim Batista era uma força em ascensão. O carisma do homem era natural e ele tinha não só isso, mas também o corpo e rosto que a WWE achava – e talvez ainda ache – num campeão.

Bombado e sem habilidade in ring? Talvez.

Não vou ser tão categórico ao falar isso porque a gente ignora a dificuldade que é fazer isso todo dia durante anos e enfim, ele é ruim, mas né? Foda-se.

Durante todo seu desenvolvimento Dave esteve na brand em que as histórias eram mais importantes que as lutas.

Por mais que a WWE seja um produto um pouco idiota, o Smackdown ainda era a Brand onde ideias um pouco mais ousadas eram tentadas

Já o Raw era jogo seguro e putaria oitentista. Isso se vê pelo gigantesco reinado de Triple H na brand, que apesar de interrompido por Michaels, Goldberg, Benoit e Orton, tomou a maior parte de 2002 até o primeiro trimestre de 05.

Eu não imagino como ver isso deve ter sido “divertido” para os telespectadores.

Pense só? Katie Vicky, Scott Steiner sem conseguir levantar o pé, Goldberg, feud racista, traição de pupilo. É SÓ O CREME.

Tá, a feud entre ele e o Michaels é realmente boa, MAS MESMO ASSIM CARALHO.

E aí depois da feud com o Orton, começa a feud com Batista.

Feud

Vamos pensar na Evolution como o Comando Maluco. Ric Flair era o bananinha, fazendo merda e reagindo as coisas. Triple H era o Dedé, o chefinho, o cabeça. E Batista era o rapadura até porque, PORRA olha o tamanho do Batista.

E ai um dia a tropa acabou, o Rapadura bateu no Dedé, foi-se tudo para o caralho.

Na verdade não é tão simples assim. Foram MESES de preliminares e beijinho no pescoço.

A frase que mais se falava nesse período era “relax man I got your back” e vendo isso um seguido do outro fica repetitivo para um caralho.

Outra coisa é que a WWE obviamente pensa que está num gibi da Marvel escrito pelo Stan Lee. Eles esfregam TUDO na sua cara um milhão de vezes.

Em alguns momentos esse tipo de coisa é legal porque funciona como a bomba embaixo da mesa: os personagens não sabem que ela vai explodir e você sim, criando tensão.

Agora quando a bomba embaixo da mesa demora tanto para explodir que o filme acaba e ela só explode quando você chega em casa? Aí é complicado.

Storytelling

Sim, a WWE fez o famoso long term storytelling que a juventude tanto fala. Foi o necessário para levar Batista de um midcarder heel para um Main Eventer face.

Desde a Elimination Chamber no New Year’s Revolution o personagem foi se tornando mais e mais e mais poderoso.

E isso é a parte legal desse processo todo. Ver como o rapaz que faz o Drax realmente tem um carisma natural.

Por mais que ele diga que não voltaria aos ringues nunca mais, é difícil negar que ele levava jeito para o produto que a WWE quer apresentar.

Batista não funcionaria em nenhum outro lugar que não a empresa do tio Vince, da mesma forma que essa feud só funcionaria nessa época. Seis meses depois seria tarde demais e seis meses antes cedo demais.

Isso se vê com o push de Randy Orton, que teve um push que só se concretizou após dois ou três anos, quando finalmente ele achou um tom que se encaixava na sua personagem.

TRIPLE H

Hunter era quase um alívio cômico nessa época. Chega a ser tosco como a semelhança deles com o Comando Maluco faz sentido.

A coisa do Cerebral Assassin e do perigo que ele representava como um homem violento virou um episódio de Tom e Jerry.

Acho que dá pra adivinhar quem era o gato e quem era o rato nessa história.

E o rato perdeu.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do WrestleBR.

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