A edição conjunta do AEW Fyter Fest, exibida em 4 de junho de 2025, uniu Dynamite e Collision em um programa de quatro horas repleto de combates de alto nível, retornos marcantes e também alguns tropeços narrativos e estruturais. No que diz respeito à qualidade dentro do ringue, o evento brilhou: a luta de trios entre Bayley, Komander e Knight contra Beast Mortos, Rush e Dralístico foi vibrante, veloz e tecnicamente excelente. A luta de duplas femininas — Mina e Toni Storm vs Skye Blue e Julia Hart — ofereceu bons momentos e mostrou evolução de Hart e Blue, com destaque também para Mercedes Moné nos comentários.

Outros destaques incluem o retorno de Tay Melo, que salvou Anna Jay de um ataque e foi calorosamente recebida pelo público, além da luta 4-way pelo título Internacional. Kenny Omega defendeu o cinturão contra Claudio Castagnoli, Brody King e Máscara Dorada, em um espetáculo completo de estilos variados, coesão narrativa e técnica refinada — facilmente o ponto alto da noite. Lio Rush vs Will Ospreay também foi um lembrete poderoso do talento bruto envolvido.

Entretanto, nem tudo funcionou. O reinado de Jon Moxley continua decepcionando: sua luta com Mark Briscoe foi lenta e sem brilho. Já MJF entregou mais uma promo equivocada, com pouca inteligência e muito preconceito cultural, prejudicando a expectativa para seu combate contra Místico. A falta de variedade nos tipos de lutas e o excesso de tempo de show também foram prejudiciais, gerando desgaste e certa repetição. Por fim, a escassez de espaço para as mulheres ficou evidente: apenas duas lutas e um segmento em quatro horas é um sinal claro de que a divisão ainda é tratada como secundária.

O Fyter Fest foi bom, mas poderia ter sido excelente.