12 de Janeiro – Impact Wrestling Hard to Kill 2020: Tessa Blanchard vence Sami Callihan via Pinfall para se tornar a campeã mundial do Impact
11 de Janeiro de 2020, isto:
Todos os seres humanos possuem um pedestal próprio no qual eles escolhem, baseados em gosto, estética, estilo, ética – basicamente porra nenhuma – quem eles colocarão acima de seus pares como alguém a ser admirado e seguido com atenção.
Dentro de minha categoria – como dito anteriormente escolhida totalmente a esmo – estava Tessa Blanchard. Filha de um dos 4 Horseman, Tessa tinha o carisma e a habilidade do pai em uma época que o Womans Wrestling começava a lhe permitir tirar proveito de tais características.
A paixão foi instantânea. Fora da WWE existia uma Womans Revolution no Wrestling que englobava tantas lutadores quanto existem números para contar e o diamante da família Blanchard, com todas as bênçãos anteriormente citadas, encabeçava esse conceito de futuro. Bom, pelo menos em minha mente.
Após ser Main Event do Slammiversary 2019, principal evento da TNA no ano, enfrentando seu algoz Callihan, estava claro o caminho a frente: O título principal da empresa. Não seria fato inédito dentro do cenário.
Kimber Lee já o havia feito anos antes na Chikara e outras também repetiram o feito no cenário independente. Entretanto, nunca algo havia acontecido dentro de uma empresa que já foi considerada parte das Big Two.
12 de Janeiro, Hard To Kill, sagrou-se ao topo de sua carreira mais um ser humano de caráter execrável. 12 de Janeiro uma barreira foi rompida, mas tudo o que se seguiu foi silêncio, rancor. Alçamos novamente ao nosso olimpo um deus falho, assim como são todos. E da mesma forma que são – e principalmente por todos o serem – que isso não se torna um pretexto para perdão.
Tessa Blanchard foi acusada de racismo, bullying, falta de empatia e respondeu com “todo mundo erra, fiquem felizes por mim que discutiremos isso depois”. De fato todos erramos: entregamos um record a mais um imbecil.
“Ai, mas isso não é jeito de falar”. Estamos a volta com tantos Crown Jewels dentro do nosso quotidiano no Wrestling que começa a ficar difícil confiar em qualquer coisa dentro do ringue. PW, pela primeira vez, começa a parecer falso.
Da mesma forma a TNA, carro chefe de tantas evoluções no Wrestling desde seu nascimento, parece chegar ao ocaso do bom senso quando deveria ter seu momento de consagração.
E frente as acusações postas em quem, um minuto antes, acusava, não é possível jogar as serpentinas que acreditamos merecer o momento, principalmente por termos acreditado corretamente! Todos os confetes cairiam com seu mérito, mas agora ficam jogados ao chão enquanto mais um racista levanta ouro na nossa indústria.
Todo mundo erra, essa é a ordem do dia. Ninguém admite seu erro e segue colhendo os louros por isso, segue arrecadando metal nobre para a coleção da família, andando entre lutadores que menospreza por ter um sobrenome como Orton, Blanchard, entre tantas outras dinastias.
Entretanto, em nome de dinastias, seriamos tão rápidos em julgar os Wrestlers masculinos pelos mesmos pecados? Lembrem-se, Elgin e Swan ainda estão entre os nomes do plantel da empresa e, ainda assim, a tratamos como bastião da nova década.
Seria fácil para muitos descreditarem tantas conquista com base nos erros deste indivíduo. Nesses casos é preciso acertar de primeira ou os outros caras te acusaram com os erros que eles cometem. Tinha-se a oportunidade de garimpar ouro e novamente nos descobrimos doentes.
Sexta-feira começamos um final de semana em que o destino parecia indiscutível. As iniciais já gravadas na cabeça do fã seriam levadas ao mundo. As letras T e B brilhariam mais que nunca, alcançando glórias que os antepassados homens não alcançaram.
E hoje, segunda-feira, 13 de Janeiro de 2020, fica claro: não é possível ver o futuro em diamantes quebrados.