inDEPENDÊNCIA

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Dentro de uma semana estaremos (não todos) comemorando mais um aniversário do momento em que Dom Pedro (aquele, o primeiro), sentado no seu burrito, as margens de um valão qualquer, proclamou a independência. Mas o que isso tem a ver com a nossa luta livre mundial? Absolutamente nada. Porém, é deveras interessante debater sobre uma independência que vem aparecendo no Pro-Wrestling, porém uma independência totalmente dependente. Antes que o seu cérebro tenha um curto-circuito, vamos logo ao que interessa. Hoje iremos falar da NXT, o “novo” produto da WWE que vem encantando todos.

A palavra chave deste artigo é a independência que essa “parte” da WWE possui. Com seus lutadores que eram nomes consagrados nas federações independentes e hoje estão no roster principal. Tyler Black, Kevin Steen, El Generico, KENTA, Pac, Prince Devitt são grandes lutadores. Seth Rollins, Kevin Owens, Sami Zayn, Hideo Otami, Neville e Finn Bálor são além disso grandes estrelas para um futuro de uma companhia que vê os seus grandes nomes perto da aposentadoria. Veja Undertaker, John Cena, lutadores que a cada ano fazem menos combates.

Porém, como um produto tão independente pode ser tão dependente ao mesmo tempo? Um lugar onde os eventos geram combates a níveis iguais ou melhores que os da WWE?

A resposta está nos mínimos detalhes. Show gravado, mais curto, arena menor, títulos diferentes e seus lutadores não aparecem nos shows semanais da empresa, como o RAW. Em resumo, a federação ao pegar a antiga forma de preparar lutadores da FCW e repaginá-la em forma de show semanal surtiu um efeito arrasador. Lembro de assistir ao TakeOver Arrival e me impressionar com a habilidade dos lutadores, ressaltando os combates de Main Event (Sasha Banks vs Charlotte e Sami Zayn vs Neville).

Ademais, a tutela de Triple H sobre o show, com sua visão mais nova do ramo, tornou o show secundário um programa de extrema importância para empresa, sobretudo devido aos internautas fãs da luta livre que muitas vezes reclamavam sobre as dinâmicas dos combates nos shows principais, a repetição, etc. O sangue novo que Paul Levesque trouxe a Stanford, e principalmente suas contratações elevaram o NXT a um novo patamar.

A receita de um programa com lutadores de sucesso nas indies que estão sendo preparados para serem as novas lendas da maior empresa de luta livre da história lutando em um show “secundário” torna o produto NXT uma deliciosa experiência de independência e dependência, para o agrado dos fãs, que, assim como eu, querem ver algo a mais dentro daqueles quatro corners.

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