Novo programa da NWA é uma viagem ao passado

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A Luta Livre mundial já foi bem diferente do que nos dias atuais. Se hoje nos encantamos com grandes cenários, telões e fogos de artifício, há décadas atrás as coisas eram mais simples.

Na maioria dos casos, os shows de Wrestling eram filmados dentro de estúdios, e nele cabiam poucos espectadores.

Na Era de Ouro da Luta Livre, alguns programas se destacavam. Muitos tinham espaço na televisão, cada um em seu território. Eram poucas as que passavam em território nacional, como a World Wrestling Federation. No entanto, uma em especial fazia sucesso na parte leste do território estadunidense.

A National Wrestling Alliance era uma associação com várias organizações que comandavam companhias em várias partes do país. Uma das suas afiliadas era a Georgia Championship Wrestling.

Ric Flair fazendo uma das suas famosas promos nos anos 80. (Foto: WWE)

Na cidade de Atlanta aconteciam as gravações dos shows da empresa, chamado de World Championship Wrestling. Esse show tinha como destaque alguns dos maiores nomes da história da Luta Livre, como Dusty Rhodes e Ric Flair.

O crescimento do Wrestling estadunidense à nível nacional, no entanto, fez com que os programas de estúdio ficassem para trás. A NWA se tornou cada vez menor, utilizando-se de parcerias para ainda ser lembrada. Passou pela WWF, TNA, ROH, entre outras. A segunda metade dessa década, porém, trouxe novos ares para a companhia.

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Se você nasceu nos anos 90, provavelmente lembra dos Smashing Punpkins. A banda – que já era alternativa até mesmo para a década – tinha como líder Billy Corgan. O que você provavelmente não sabia é que Corgan é fanático por Luta Livre.

Ao menos que você tenha lido esse texto, que publicamos há três anos.

Corgan resolveu entrar de vez no mundo do Pro-Wrestling. No primeiro momento, assumiu responsabilidades na Impact Wrestling. Entretanto, foi na NWA que assumiu de vez o comando.

E seu trabalho vem colhendo frutos. A companhia novamente atraiu atenção dos fãs de Luta Livre, voltou a ter combates importantes e, ainda por cima, ganhou um show exclusivo no Youtube.

E agora que vem a melhor parte.

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Eu nunca pensei que o final da década seria tão frutífero para o Pro-Wrestling. Temos a oportunidade de assistir qualquer tipo de produto, desde o mais voltado para o entretenimento, até Luta Livre pura. Todos os dias. De todas as maneiras.

É como voltar para os anos 80, onde a política do “Wrestling de território” ainda reinava. Mas isso é assunto pra um outro dia.

A prova disso foram as estreias do AEW Dark – programa exclusivo da All Elite Wrestling no YouTube, apenas com lutas não televisionadas – e o NWA Powerrr. Com três “R” para das uma sensação de movimento, segundo os criadores.

O melhor disso tudo: ambos os shows são de GRAÇA! Sendo assim, vamos vender um pouco esse peixe.

Créditos: National Wrestling Alliance.

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O NWA Powerrr é uma volta ao passado. Não apenas por ser um programa feito em estúdio, como o antigo World Championship Wrestling. Mas também por ser uma aula de rasslin, ou seja, uma Luta Livre mais crua, sem elementos extravagantes do Wrestling Entertainment.

Os lutadores entram por uma cortina e dão de cara com o seguinte cenário: em um canto, dois comentaristas falam sobre o show. No outro, um entrevistador está em frente ao seu púlpito. No centro está o ringue, e tudo se resolve ali. Nem a parte externa do ringue é acolchoada. Tudo é no ringue.

O evento principal da noite era um combate entre o campeão da NWA, Nick Aldis, enfrentando o ex-campeão Tim Storm. Caso Storm perdessse, ele nunca mais poderia competir pelo cinturão novamente. (Créditos: National Wrestling Alliance)

De fato, é difícil se acostumar de primeira com o processo. No entanto, o decorrer do show vai mostrando como tudo é simples e se resolve com apenas uma frase: isso é Pro-Wrestling. Não é preciso mais do que aquilo para sentir, basta sentar e apreciar.

Você pode assistir o primeiro episódio clicando aqui.

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