Sami Zayn foi impedido de competir no WWE Super ShowDown por motivos políticos. O lutador, que é canadense mas possui descendência síria, foi proibido pelo reino saudita de participar do evento.
Nessa década, a Síria foi devastada por uma guerra, que especialistas chamam até de uma “guerra mundial indireta”, onde muitos países estão envolvidos. Entre eles, está a Arábia Saudita, forte aliada dos Estados Unidos, que é inimiga do governo sírio – esse que possui apoio dos russos e iranianos, inimigos declarados dos sauditas.
Outros lutadores também não estiveram presentes, como Daniel Bryan, Aleister Black e Kevin Owens. O último, em protesto ao tratamento dado ao seu amigo.
Sami aproveitou as suas “férias” forçadas para colocar um dos seus projetos de ajuda humanitária em prática.
Devido à guerra no território sírio, espaços médicos ficaram cada vez mais escassos. Os bombardeios nas bases médicas dificultam o atendimento às pessoas atingidas pelo conflito.
Sendo assim, com a ajuda da associação médica síria nos Estados Unidos, Zayn criou a campanha #Sami4Syria, que arrecadou fundos para a construção de bases médicas no país atingido pela guerra. Em 2017, o projeto conseguiu fazer cerca de 11 mil atendimentos com apenas uma base.
Em 2019, o lutador novamente fará parte da campanha, para a construção de uma nova clínica móvel, com o início da arrecadação prevista para esse final de semana.
No dia em que a WWE novamente fez um show na Arábia Saudita, país participante e patrocinador da guerra na Síria, que destruiu o país nessa década, Sami Zayn nos mostra que ainda existem gestos que nos fazem acreditar.
Os detalhes da campanha você confere no perfil do lutador no Twitter.