Os Melhores Filmes sobre Luta Livre! Parte 5 #Quarentena

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Monstros do Ringue – 2015

IMDB: 7.5/10 – Rotten Tomatoes: N/A – WBR: 3.25/5

Olhando para todos os filmes que já falamos, percebi que não citamos nenhuma obra brasileira. Pensei em falar sobre o filme Dois na Lona, porém mesmo tendo Ted Boy Marino como protagonista, desisti de assistir quando vi que o Renato Aragão estava no elenco (não sou obrigado, desculpa). Cheguei a assistir Carrascos – Artistas do Ringue, uma breve introdução de aproximadamente 40 minutos sobre o esporte no Brasil, mas acabei por escolher outro documentário para mencionar como nosso representante nessa lista, bem avaliado em alguns festivais por onde passou. O nome dele é Monstros do Ringue, um pente fino sobre toda a história do telecatch.

Dependendo da sua idade e de seu conhecimento, você não sabe o quanto a nossa luta livre já foi soberana. E não sou eu que afirmo isso e sim os maiores “monstros” que os ringues de nosso país já viram lutar. Michel Sedan, Trovão, Bob Jr, Aquiles o Matador, Homem Montanha, entre outros nomes do passado e do presente, dão seu depoimento sobre tudo que presenciaram, histórias ricas em detalhes que contam o que acontecia nos bastidores e na frente do público por quem realmente vivenciou. O telecatch era um verdadeiro fenômeno, começando em cenas regionais até atingir seu ápice com a transmissão televisa das lutas. Era um esporte totalmente bruto, muito mais violento que o que se via nos Estados Unidos ou em outras partes do mundo na época, quase em todas as lutas se via um festival de golpes pesados (geralmente, na cabeça) e de muito sangue. Além disso, o estilo acrobático de luta livre de países vizinhos como Argentina e Paraguai dava ao telecatch brasileiro uma identidade única.

Antes idolatrada pelo povo brasileiro, atualmente resumida em apresentações para um público mais modesto, com muito menos visibilidade. As razões para isso acontecer são apresentadas no documentário, assim como as manobras de sobrevivência adotadas por empresas como Gigantes do Ringue, BWF e a Trupe do Trovão (ou Abraluli) para que a luta livre nacional não tenha um triste fim. Para nós, singelos fãs, devemos ao menos valorizar o esforço feito por esses lutadores incansáveis, começando por apreciar Monstros do Ringue.

Desafio Total (No Holds Barred) – 1989

IMDB: 4.4/10 – Rotten Tomatoes: 11/100 – WBR: 3/5

Se o wrestling profissional se tornou uma indústria multimilionária tal como conhecemos hoje em dia, ele tem de ser grato a um nome: Hulk Hogan. Sua fama nos bastidores não é das melhores, mas mesmo assim devemos muito ao velho Hulkster, pelo menos ao personagem que subia ao ringue e entretinha milhares de pessoas. Com seu carisma junto ao público, ele se tornou o rosto da WWF e ajudou a popularizar o esporte à nível mundial. Sua fama chegou ao cinema no filme No Holds Barred, lançado no último ano da década de 80.

Rip Thomas é o campeão mundial dos pesos pesados e sua fama estratosférica cria enormes problemas de audiência para o canal rival, a World Television Network. O impiedoso chefe executivo da emissora, Brell, tenta a todo custo trazer Rip para seu cartel de funcionários, sempre sem êxito pela conduta de bom moço do lutador. Tentando achar uma forma de ofuscar toda a atenção sobre Rip Thomas, Brell cria a Battle of the Tough Guys após se deparar com a pancadaria em um bar barra pesada. O programa consiste em um desafio aberto onde o desafiante mais forte de todos leva pra casa 100 mil dólares, em lutas que beiram o hardcore. Em meio a todos os adversários, surge a figura conhecida simplesmente como Zeus, que mostra uma sede por sangue e violência acima da média. Após se tornar vencedor do programa, ele desafia Rip Thomas para uma batalha, sempre com Brell ao seu lado fazendo uma verdadeira lavagem cerebral em sua cabeça. Por várias vezes Rip recusa a luta, até seu irmão Randy ser brutalmente atacado por Zeus. Esse é o estopim para que ele batalhe contra o monstruoso adversário para ver de uma vez por todas quem é o verdadeiro campeão mundial.

Alguns anos após ser o Thunderlips e tentar sair na mão contra o Stallone em Rocky III, Hulk Hogan volta a participar de um filme de esportes, dessa vez sendo ele o protagonista. Eu não tenho nada contra a sua atuação, ele interpretou muito bem o papel que lhe foi dado. Porém, acho que foi realmente muito fácil para ele, pois Rip Thomas é basicamente Hulk Hogan, desde as roupas até a atitude fajuta de bom exemplo para as crianças. Tentaram lançá-lo como uma nova estrela de filmes de ação, deram um nome diferente à seu personagem e até alguns golpes novos, mas nada conseguiu tirar da cabeça do espectador que aquele era o mesmo Hulk Hogan de sempre. Ainda mais que o filme foi produzido pela própria WWE (na época, ainda WWF) com interferência direta do lutador e do próprio Vince McMahon na criação, o que deixou o roteiro cheio de furos e idênticio a uma storyline de luta livre.

Eu não entendi muito bem qual público eles quiseram atingir. Eles fizeram de Hulk Hogan uma action figure ambulante, um verdadeiro super herói, mas ao mesmo tempo colocaram cenas bem pesadas, como Zeus desejando matar Rip Thomas ou quando um bandido tenta estuprar a namorada do lutador a mando de Brell. Zeus, aliás, é um vilão bem aleatório, parece que escolheram qualquer pessoa para interpretar o papel e deram uma caracterização bem tosca. Aquela monocelha, meu Deus… Nem pro wrestler o ator que deu vida a Zeus era, o que não o impediu de ser lançado em lutas na WWF e WCW posteriormente, como no PPV de mesmo titulo do filme onde ao lado de Randy Savage obteve uma derrota contra a dupla de Hulk Hogan (não como Rip) e Brutus Beefcake. Não tive coragem de assistir essa luta, mas meu sexto sentido me diz que eu não estou perdendo algo extraordinário.

Espere, não se aflija, existem alguns pontos positivos no filme. Além do Hogan, temos a presença das lendas da WWF Jesse Ventura, Gene Okerlund e Howard Finkel, que trazem um pouco do glamour oitentista para quem assiste. O filme também ajudou a originar uma nova estipulação de luta, a “no holds barred match”, que tiveram alguns belos exemplares ao longo do tempo como a Undertaker vs Triple H na Wrestlemania 27. Enfim, Hulk Hogan abriu a porteira para outras estrelas dos ringues brilharem em Hollywood, como John Cena e The Rock. Em certo nível, chega até a ser um filme importante por unificar esses dois universos, mesmo dividindo muito as opiniões dos fãs. Dependendo de sua paz de espírito, você pode até gostar de No Holds Barred. Arrisque, tente a sorte igual eu fiz e assista essa pérola uma vez na vida.

2 respostas

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