No WWE Chronicle sobre a jornada de retorno de Sasha Banks aos ringues da WWE em 2018, a estrela diz que há muito tempo não era chamada por seu nome.
Sempre foi uma dúvida minha quanto o ramo das lutas espetáculo: como não se perder?
Você não vive o personagem como num filme, você é ele.
12, 16, 20 horas do seu dia. Talvez uma vez por semana, talvez todos os dias.
No caso da WWE, dane-se o seu nome, por 300 dias do ano você é quem você interpreta.
Existem casos em que personalidades e personas se misturaram.
Nesta situação existiria então uma persona?
Gino Hernandez e Brian Pillman são casos nos quais os relatam apontam não haver tal distinção.
E então você pode ou não um dia acordar. Pode ver que tudo se foi, você está velho, a glória passou. Ou morrer jovem.
Personas são eternas, mas não corpos. Tendões, ossos, músculos, nervos, sinapses.
O corpo de um lutador pode ser o receptor de algo maior, as vezes tão grande que lhe afoga.
Tem casos entretanto que parecem ser muito bem delimitados. Um exemplo era o do falecido Brodie Lee.
“Um homem de família”
Era um psicopata de regata, todo sujo e violento quando estava com sua outra familia: os Wyatts.
Ou então a Dark Order, onde ele tinha mais classe e imponência.
De qualquer forma tudo isso parecia dissolver.
Eu duvido muito que Akira Hokuto usava uma máscara de gás em casa ou que a Thekla faça pose de aranha para atravessar a rua.
Contudo a pergunta nunca cessa, uma interrogação feita na areia, uma linha curva na qual não há alerta uma vez que você a cruza.
Talvez você só perceba os sinais quando a volta não for mais possível.
Isso mesmo em cima dos ringues, onde praticamente tudo é
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do WrestleBR