Sasha Banks e a insatisfação com o emprego dos sonhos

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Sasha Banks não comparece à eventos ao vivo da WWE desde a WrestleMania. A perda do título de duplas feminino para as IIconics iniciou os boatos de uma possível saída da empresa. Sua parceira, Bayley, foi enviada para o Smackdown Live na última terça-feira (16), colocando Sasha de volta à competição individual.

Mas será que esse retorno acontecerá?

A lutadora, que já foi 4x campeã mundial feminina, nunca teve reinados de longa duração. As expectativas para que ela e sua dupla mantivessem o cinturão de duplas era grande. Mas isso não aconteceu. Novamente, Sasha perdia o título com menos de 2 meses de reinado. No dia seguinte, a ausência no RAW e as trocas de farpas com Alexa Bliss evidenciaram que a lutadora não estava contente.

As notícias, no decorrer da semana, deixaram evidente a insatisfação da Boss com a empresa.

Mas essa frustração tem fundamento?

Sasha Banks é um dos pilares da Women’s Revolution

A trajetória de Sasha Banks na WWE coincide com o nascimento da Women’s Revolution. A evolução do incentivo à Luta Livre feminina dentro da empresa passa por seu desenvolvimento com lutadora. Seu reinado como campeã feminina do NXT elevou o patamar do cinturão. E sua passagem de reinado para Bayley, na primeira luta IronWoman, que fechou o Takeover: Respect, em 2016, deu novos caminhos à revolução.

Sasha Banks está do lado de fora do ringue, segurando a segunda corda. Seu corpo está inclinado para a frente, enquanto ela coloca sua mão direita aberta a frente do seu rosto, mostrando seu anel, onde está escrito a palavra LEGIT.

Ao fundo estão as lutadoras Naomi, Tamina, Nikki e Brie Bella, Alicia Fox, Paige, Charlotte e Becky Lynch,
Sasha Banks estrou na WWE com Becky Lynch e Charlotte. (Foto: WWE ©)


E no elenco principal não foi diferente.

Com sua chegada ao RAW junto à Charlotte e Becky Lynch, em 2015, o interesse no wrestling feminino aumentou, e o nível dos combates também. Antes de 2 minutos ou menos, as lutadoras escalaram até os eventos principais da empresa. Em 2016, Sasha e Charlotte fizeram história ao serem as primeiras mulheres – e únicas – a combaterem em uma Hell in a Cell.

Esse também foi o primeiro Main Event feminino da história dos Pay-Per-Views da WWE. Neste mês de abril, as mulheres foram protagonistas da WrestleMania.

Mesmo que a lutadora seja um importante pilar no desenvolvimento da divisão feminina, seus números são menores em relação à reinados. Sasha é, empatada com Charlotte, a maior campeã feminina do RAW, com 4 conquistas. Entretanto, enquanto a rainha possui 242 dias de reinado ao combinar seus 4 títulos, Banks possui apenas 82. Seu maior tempo com o cinturão foram 27 dias consecutivos.

E, na WrestleMania, isso aconteceu novamente.

Sasha se viu insatisfeita com a forma de tratamento da WWE à seu talento – que é grande, vale ressaltar. As notícias sobre uma possível não renovação de contrato surgem com força. Sua ausência nos shows semanais é sentida. Sasha Banks é uma lutadora importante, não apenas para a divisão feminina, como também para a empresa como um todo.

O emprego dos sonhos, entretanto, alcança a realidade quando não vemos os caminhos tomando o rumo desejado.

E isso vem se tornando uma constância dentro da WWE.

Outros lutadores também estão insatisfeitos

Sasha Banks não é o único exemplo de insatisfação dentro do reino dos McMahon. Desde o início do ano, vemos rumores sobre lutadores que possivelmente estariam de saída da WWE.

Alguns se concretizaram, outros não.

A Revival pediu para sair. O boato se tornou história, e a dupla se tornou campeã semanas depois.

Dean Ambrose decidiu deixar a empresa, mesmo com uma proposta milionária. O lutador, que é um dos mais populares dentro da WWE e da Luta Livre mundial, se viu insatisfeito com a forma na qual era roteirizado. Seu último reinado como vilão e Intercontinental Champion não convenceu. Com isso, o lunático fará sua despedida no próximo domingo, no último capítulo da SHIELD.

Outro que está de saída é Luke Harper. A estreia como membro da Wyatt Family, assim como sua carreira individual foi subvalorizada. Mesmo estando em evidência, sendo campeão de duplas e Intercontinental, Harper não evoluiu dentro da empresa. O seu retorno, após a lesão, foi em um evento com lutadores do NXT. Seu descontentamento estava claro. Nessa semana, o lutador decidiu se desligar da empresa.

Temos também os exemplos de Hideo Itami, Killian Dain e a polêmica saída de Neville, que precisou de 1 ano para se desligar da WWE.

Existem motivos para a insatisfação?

Todos os lutadores citados no tópico anterior saíram da empresa por insatisfação. Todos eles são talentosos dentro do ringue. Alguns, como Ambrose, possuem um grande poder de mercado, podendo assinar contratos por uma boa quantia de dinheiro.

Mas, ainda não há empresa no mundo da Luta Livre que pague bem como a WWE. Por que deixar a estabilidade financeira de lado e mudar de rumos?

A Luta Livre, assim como qualquer outro esporte, é movido pela paixão. A maioria dos lutadores são fãs do esporte, e como tal, desejam participar dos eventos.

Entretanto, a WWE possui atualmente um elenco enorme. Alguns lutadores ficam meses sem aparecer em shows televisionados. Ou, quando aparecem, são usados como meros jobbers.

EC3, que foi campeão mundial no IMPACT, é um bom exemplo.

A falta de oportunidades ou de valorização coloca o lutador em uma posição de descontentamento. Com isso, a busca por novas oportunidades se torna um caminho cada vez mais promissor.

E, com a chegada de uma nova grande empresa (AEW), não custa nada arriscar.

E você, pediria demissão do seu emprego dos sonhos para buscar novos caminhos? Deixe sua opinião na caixa de comentários!

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