No sábado de WrestleMania, Sami Zayn encerrou o reinado de 666 dias de Gunther como Campeão Intercontinental. A luta, que remetia a uma típica história de azarão no estilo Rocky Balboa, se desenrolou em Filadélfia, tornando tudo ainda mais especial. Repleta de grandes movimentos e muita emoção, a luta foi considerada por muitos fãs como a melhor da primeira noite, consolidando Zayn como um favorito da WrestleMania, assim como aconteceu no ano anterior ao lado de Kevin Owens.
Sempre o azarão capaz de conquistar a torcida e entregar combates empolgantes do início ao fim, é difícil imaginar Sami Zayn em uma luta ruim, especialmente no “Grandest Stage Of Them All”. Durante a coletiva de imprensa pós-evento, Triple H foi questionado se o novo Campeão Intercontinental o lembrava de outro lutador conhecido por protagonizar lutas memoráveis na WrestleMania: Shawn Michaels.
“Muita gente vê o Shawn de antigamente, e até mesmo de hoje, como um lutador espetacular, né? Pelos golpes que ele aplicava, por todas aquelas coisas incríveis que fazia. Shawn estava fazendo muita coisa naquele tempo que talvez ninguém mais estivesse fazendo, e é por isso que tantos talentos jovens se identificam com ele, porque ele é tão bom.
Mas o que tornava Shawn tão especial era a sua habilidade de te emocionar. Não eram os golpes, os golpes eram como efeitos especiais. Shawn é inacreditável em te fazer sentir emoção. Quando você acerta o Shawn, ele cai e vende o golpe de forma tão convincente que você se sente mal por ele.
Você quer que ele se saia bem, e ele simplesmente consegue te fazer sentir aquela emoção. Quando Shawn começa a se recuperar, a se animar e a liberar aquela raiva ou aquela agressividade, você acredita e se deixa levar. Ele vira um Pitbull em cima de você.”
Triple H continuou sua explicação, destacando o que coloca Zayn em sua atual posição e as similaridades com Michaels:
“É a emoção. Nós vendemos emoção. Nós construímos histórias e vendemos emoção. Não são os golpes, nem as posições, nem as sequências, nem o que quer que as pessoas queiram chamar – é a emoção. Sim, todas essas coisas contribuem para a luta. Mas sem emoção, é só um videogame. Não significa nada.
O que vocês viram hoje entre Sami Zayn e Gunther foi a história de dois gênios em te fazer sentir emoção. Essa é a marca registrada do Sami. Sim, ele faz coisas espetaculares. Mas a sua habilidade como performer, como ator, como quer que você chame, de extrair emoção das pessoas, é incrível. É por isso que ele está onde está, é por isso que ele é tão bom.”
H/t SEScoops.