Verdade de cu

Siga o WrestleBR no Google Notícias e fique sempre informado sobre tudo o que acontece na luta livre.

Não é rola, é prejuízo

O NXT invadiu o Smackdown, as possibilidades são tantas que nosso multiverso até parece pequeno. Entretanto, tivemos a WWE brincando de Jim Crow e um avião deixou de sair do chão. Talvez seja o lugar para o qual todos devamos voltar.

Será? Mas aqui acima de tudo é tão mais legal! A diversão de ver Adam Cole vencendo Daniel Bryan de maneira limpa não só pode como É um carinho no coração de todo fã. A gente engole muita merda dos times criativos, o que transforma qualquer água viva em fonte da juventude.

Acontece que, aos trancos e barrancos, acaba-se driblando realidade e ficção, o que gera a tentativa de criar um mundo em que não comprometemos um por conta do outro. O que temos em mão, hoje, é um problema: precisamos não olhar para a verdade.

Vamos lá gente, a nossa verdade é muito chata, quem perde somos nós, não entrando nesse mundo em que dinheiro nasce em árvore – só não é distribuído – e heróis cruzam os ares – enquanto rezam para ficar inteiros.

VERDADE DE CU É ROLA! Eu quero mesmo é brincar de ser feliz.

wwe

Sem sarcasmo nenhum, caro leitor, eu não lhe culpo, porque eu também gostaria, algumas horas. Essa linha tênue na qual vivemos, que está entre o impulso de cortar laços e a necessidade de viver a euforia, não é tão fácil de se enxergar.

Andamos em cima da água, mas nosso rio é mais sujo e tem mais ondas que é possível ver. Neste momento estou passando pano para mim que, muitas vezes, não parei de ver WWE. Ao mesmo tempo, brigo comigo, porque entendo a necessidade de fazê-lo e o que significa esta ausência de ação.

Claro que nossa ausência não é só com relação à WWE. Todo mundo aqui compra na Amazon, não seja hipócrita.

Precisamos voltar para o chão, mas não para o chão áspero que queima. A menos que seja o único chão existente. Não adianta fingir que pisamos em grama ao invés de ossos e pedras. Muitos sofrem pelo nosso entretenimento.

Talvez sofram mais de perto ou mais de longe. E, ainda em verdade, isso não nos isenta de nada. Mas não entender isso é ainda pior, talvez pela cegueira ser ainda mais forte. Nossa vã psicologia de ringue.

Contudo, ainda é necessário… algo, certo? Não sei, realmente não sei.

Seria fácil apertar um botão em que ficamos isentos nessa guerra e o fato é: a faca não machuca a todos por igual, mesmo que estejamos falando sobre Luta Livre.

E nesse corta e não corta da WWE, rios de dinheiro imaginário fluirão até 2027. Mas tivemos a Women’s Revolution, tivemos um campeão negro, tivemos mulheres lutando na Arábia.

Na mesma Arábia que morreu um jornalistas e que tais mulheres correram risco de vida, supostamente pela ganância de um velho sentado em cima de seu próprio trono de dinheiro que poderia ser maior.

Não busque conclusão em mim, leitor, não existe conclusão.

Nosso erro é só nosso. Viver com o fardo da abstenção talvez de machuque e, acredite, pode ferir ainda mais os dez mil à direita ou à esquerda. A falta de abstenção ou juízo final é o que nos leva para tão perto ou tão longe da empresa de Vince Mcmahon.

Como diria o poema: É difícil encontrar quem não queira vender sua alma ao diabo.

No final, amigos e inimigos, sabemos que a verdade é perda. O que nos resta é entender que todos os aviões Árabes desligam ao mesmo tempo.

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *