A jornada de Macho Man Randy Savage até a Wrestlemania 4 não é tão importante quanto sua trajetória dentro do evento.
O que mexe realmente com a Storyline como um todo é, adivinhe, Hulk Hogan.
O contexto da parada é o seguinte.
CONTEXTO
Hulk Hogan, desde a WM do ano anterior, vinha defendendo seu título e também sua reputação.
A última precisava ser “honrada” pois havia certa controvérsia quanto a luta dele vs o gigante pelo WWF Title.
Nesse meio tempo apareceu Ted Dibiase tentando conquistar o título de qualquer forma que não fosse brigando por ele.
O jeito foi contratar André The Giant, o mesmo nêmesis que arrancou o crucifixo do Hulkster, para lhe arrancar o título.
E deu certo.
Em uma edição do Saturday Night Main Event, talvez a maior audiência da história da WWF, o título de Hogan foi defendido contra, mais uma vez, Andre The Giant.
Dessa vez o homem mais trincado da luta livre perdeu graças a uma quantidade de tramoias e trambicagens.
Não só isso como foi introduzido o melhor titulo de todos: o Winged Eagle.
Quando eu assisti a WM 3, Jesse Ventura disse que um novo belt ia ser dado ao campeão. Por isso eu achei que já ia ser o Winged Eagle.
Estava enganado, demorou mais um tempinho.
De qualquer forma, o gigante não ficou muito tempo com o titulo. Ele deu a cinta para Dibiase, mas como não era seu direito fazer isso, o titulo foi dado como vago e um torneio (pau no seu cu) foi marcado para a Wrestlemania 4.
Dibiase, o principal vilão da narrativa, tinha sempre Andre em seu corner. Já Randy Savage precisava contar com Elizabeth, a primeira dama do Wrestling.
A dinâmica dos dois funcionava com uma classe surpreendente. Era realmente como se estivessem ali realezas da luta livre.
Entretanto era difícil que aquela realeza conseguisse enfrentar tamanho desafio. Eis então que Hulk Hogan aparece novamente.
Ele e Andre haviam sido eliminados por Double DQ nas quartas de final do torneio, o que deixou Dibiase sem oponente e lhe deu uma luta de folga.
FINAL
Na final, estava Savage contra Dibiase, em desvantagem nítida pois não só tinha que lidar com as interferências do Frances, como também estava mais cansado.
Elizabeth tentava ajudar, mas não conseguia, então foi chamar o protagonista da empresa: Hogan.
Dali pra frente foi o show do bombado.
A luta em si foi divertida, bem rápida no quesito de duração e competentemente levada pelos dois lutadores.
Não houve grande marasmo e os golpes eram muito precisos. O ringue da WWF nessa época parecia permitir que os lutadores entrassem e saíssem do ringue com muita facilidade.
As cordas davam essa firmeza.
Savage, bom lutador que era, vendeu muito bem o desespero da derrota iminente, bem como voou com graça para acertar seu Elbow Drop final.
Ele ganhou, mas ganhou com a ajuda de Hogan, que meteu uma cadeirada nas costas de Dibiase sem o juiz ver.
Como no ano anterior, a Wrestlemania 4 marcava o fim de uma narrativa, mas deixava o gancho para o ano que vem.
Ao invés de ser a coroação de Savage, foi a coroação de Savage e Hogan como aliança.
Uma aliança de dois que logo viária uma aliança de três – opa – e que, então, resultaria em caos.
O FIM DO FINAL
Naquela noite, entretanto, a única imagem que ficou era de Savage no ar, o Elbow Drop mais elegante da indústria, flutuando em frente a flashes e gritos.
Carregado pela aura de uma mega evento, o Macho Man saiu com a águia de asas abertas em seu peito, pronto para mais uma aventura no ano que viria.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do WrestleBR
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