O Clash at the Castle, premium live event da WWE realizado em Glasgow, na Escócia, no OVO Hydro, trouxe lutas emocionantes e reviravoltas inesperadas.
As estrelas escocesas foram o destaque do show, com Drew McIntyre sendo roubado em casa e superstars em ascensão como Isla Dawn e Alba Fyre brilhando no ringue, conquistando títulos e marcando história. No entanto, nem tudo foi perfeito, e vamos analisar os melhores e piores momentos do Clash at the Castle.
Pior momento: Rendição sem Glória em Glasgow
A luta entre AJ Styles e Cody Rhodes pelo Campeonato da WWE tinha tudo para ser um clássico instantâneo. Ambos os lutadores demonstraram técnica impecável e golpes devastadores, levando o público ao delírio. No entanto, o final deixou a desejar. Após muita provocação na sexta-feira do SmackDown, AJ Styles surpreendeu a todos ao desistir da luta (“I quit” em inglês) ao invés de sofrer um golpe com degraus de aço.
Essa rendição morna destoou da brutalidade habitual do evento. Em um universo onde mesas são quebradas, sangue é derramado e lutas extremas se tornaram comuns, a desistência de Styles diante de degraus de aço soou como anticlímax. O próprio Styles já enfrentou Brock Lesnar em lutas brutais, bateu de frente com Roman Reigns e suportou golpes duríssimos. A rendição fez com que Styles parecesse frágil e desvalorizou a intensidade da rivalidade construída nas últimas semanas.
Para sermos claros, não há problema com Styles perdendo a luta. Mas a forma como perdeu enfraqueceu o combate. A sensação era de que a luta estava caminhando para um momento épico, e a rendição repentina de Styles jogou um balde de água fria no entusiasmo do público.
Melhor momento: Glasgow Screwjob
CM Punk protagonizou o momento mais chocante e divertido da noite, na Escócia. Drew McIntyre estava prestes a se redimir da polêmica derrota na WrestleMania 40, onde perdeu o título logo após conquistá-lo devido à interferência de Punk. A vitória parecia certa, principalmente após Damian Priest lesionar o tornozelo e ficar preso nas cordas. No entanto, a rivalidade entre McIntyre e Punk voltou a interferir no combate. Com o árbitro oficial incapacitado, McIntyre golpeou Priest com força, mas a contagem de pinfall foi interrompida pela chegada de um novo árbitro… CM Punk!
Uma confusão se instalou no ringue, com Punk recebendo vaias da torcida escocesa por sua parcialidade. Enquanto isso, Damian Priest se recuperou o suficiente para vencer a luta. Drew McIntyre sofreu mais um revés, mais uma traição nas mãos de Punk, que relembrou o polêmico “Montreal Screwjob” de Bret Hart.
Com Punk na ativa, fica cada vez mais difícil imaginar McIntyre conquistando o título. A esperança dos fãs escoceses foi cruelmente interrompida, mas a reviravolta promovida por Punk manteve a narrativa da rivalidade em alta. Vale lembrar que McIntyre fez o mesmo com Punk na WrestleMania, tirando-o da luta pelo título. O rancor é mútuo, e Punk provou que não esquece nem perdoa. Além disso, poderíamos argumentar que a lesão causada por McIntyre impediu Punk de fazer a contagem corretamente. De qualquer forma, foi uma traição digna de Bret Hart, que certamente deixaria o “Hitman” orgulhoso.