Então você quer saber o que rolou de melhor e pior no WWE Great American Bash? Bem-vindo ao Bom, Mau e Feio, onde elencamos os melhores, piores e absurdos pontos deste PLE da WWE. A edição analisada hoje é do dia 12 de Julho de 2025.
BOM
Ego revolucionário
Se dependesse só da minha vontade enviesada eu jamais, em hipótese alguma, falaria bem de Ricky Saints. Porém, tal qual relógio parado, ele acertou mais uma, completando duas em sua história como lutador.
A primeira foi contra Bryan Danielson, naquela strap match que seria contra o Punk, mas não rolou porque o bonito foi demitido, e a segunda é exatamente o combate do GAB, no qual o membro da família Stark(s) enfrentou o campeão norte americano Ethan Page em uma Falls Count Anywhere.
Acredito que o principal elemento para esta luta funcionar seja o ritmo dela, que não pisa fundo no acelerador nunca, mas também não troca de marcha, deixando-me, telespectador já de ressaca, confortável o suficiente para aproveitar as peripécias quase violentas dos dois wrestlers de sunga.
A criatividade deles, inclusive, merece menção já que conseguiram trabalhar os elementos simples que tinham em mãos — cadeiras, grades, mesas e os espaços do estádio — de uma forma fluída, onde cada fator não parecia um spot marcado e sim uma progressão lógica do golpe anterior.
No final Ethan Page levou a luta após um Ego’s Edge de cima do stage em cima de duas mesas. O título segue com o egocêntrico número 1 e Ricky Saints terá seu próximo bom combate no Bash de 2027.
Nada tão ruim que seja mau
Na minha opinião o destaque da noite realmente foi a luta entre esses dois. De resto, tudo foi agradável o suficiente para não ser ruim — ou muito próximo disso. As lutas mais fracas foram Je’von vs Jasper Troy e a tag da Fatal Influence vs Jordynne/Blake.
Novamente, nada tão pavoroso que chegue a ser ruim, mas vale uma atenção. Evans fez seu trabalho de underdog padrão, tirando uma boa canseira do recém-chegado lutador do LFG.
Já no combate final entre as duplas femininas, o que prejudicou foi a falta de um clímax bem-marcado e uma conclusão satisfatória para esse clímax inexistente. De resto correu tudo bem.
Na mesma toada, Sol Ruca vs Izzi Dame foi bacana, apesar de Dame as vezes se mostrar um pouco afobada e errar coisas que poderiam colocar sua oponente em risco — bases principalmente. De qualquer maneira a presença de Zaria para continuar a história de uma possível traição futura aliada ao talento maravilhoso de Ruca são o suficiente para deixar esse combate dentro da nota de corte.
Yoshiki Inamura vs Oba Femi foi muito divertida, porradaria entre fortões que comeu solta, mas demorou pouco tempo, o que ajudou a manter a estrutura do combate concisa e prazerosa.
Viu? Tudo bom o suficiente para não ser mau.
MAU
Nada bom o suficiente para ser excelente
Se tem algum problema com esse evento é que ele se mostra como um grande bastião da mediocridade. As coisas legais acontecem e logo após seria facílimo esquecê-las. Dentro de algumas semanas é provável que eu não lembre nem da existência deste evento ou, no máximo, consiga lembrar de uma luta ou outra, sem puxar pela memória o contexto.
É triste que dentre os três eventos da WWE a gente tenha um que é tão mediano que chega a ser sem graça. O Evolution, por exemplo, teve uma luta efetivamente ruim, mas foi no geral muito mais divertido do que esse evento.
As vezes é preciso tomar riscos. As vezes não é preciso fazer nada.
Eu por exemplo só precisava preencher essa parte da coluna.
FEIO
Carlos Silva
A um observador desavisado pode parecer que o presidente da TNA é um homem desanimado, desconectado da realidade ou até sem alma.
Calúnias imperdoáveis! Carlos Silva não pode ser nenhuma dessas coisas pois homem ele não é, e sim um ser de outro lugar, outro tempo, quase um kherano que cantou para que sua nave chegasse ao planeta terra só para que ele pudesse presidir uma empresa no ocaso da validade enquanto, como indivíduo, se vestiria em um traje de carne sem qualquer expressão facial ou carisma.
Isso pode ser visto no Great American Bash durante o segmento em que Santana, Joe Hendry e Trick Williams se sentam à mesa junto com Ava The Rock Jr para assinarem o contrato de uma luta 3-way no Slammyversary. Até rolou porrada e o segmento, igual ao resto do show, foi okay. Contudo, mesmo após o ataque da Shield com desconto, as coisas seguiram paradas para o nosso ser humano primordial.
Pois é disso que é feito o presidente da Total Nonstop Action. Total e completa entropia, embalada num involucro de carne careca e boné sem tesão. Ele seria um ótimo alvo do menino do áudio do Corolla.
Enquanto ele não chega, eu serei o menino do áudio. Bom, ao menos até o próximo texto. Um abraço.