WWE RAW – 19/05/2025: o bom, o mau e o feio

Então você quer saber o que rolou de melhor e pior no WWE Raw? Bem-vindo ao Bom, Mau e Feio, onde elencamos os melhores, piores e absurdos pontos do semanal da WWE. A edição analisada hoje é a do dia 19 de maio de 2025.

BOM

Habla, General.

Gunther no microfone é surpreendentemente bom.

Ele não precisaria, na minha visão, lutador nenhum precisa. Contudo, sabemos que para um programa de TV semanal se torna muito necessário.

E foi assim que o austríaco conseguiu salvar um segmento chatíssimo do Logan Paul simplesmente atraindo o público para a mentira de que um heel admira o outro e depois virando isso totalmente para um lugar condizente com seu personagem do líder da falecida Imperium.

Para quem não sabe, Logan, desafiante ao título mundial de Jey Uso, abriu o show com uma promo pouco inspirada, cuspindo “fatos” para reforçar a vitória que ele tão certamente terá sobre o homem do Yeet. Graças a Deus Gunther inverteu essa lógica e fez o momento, enfim, ser sobre o general da porrada.

Vale dizer que em outro segmento, dessa vez nos bastidores, Gunther também conseguiu engolir outra pessoa no microfone. Frente a frente com Seth Rollins, foi a vez do Arquiteto sentir o poder a lapada lírica do austríaco. Não fez o que o Joey Bada$$ fez ao Vaughn, mas foi o suficiente.

Mulheres in the Bank

Primeiramente: que tristeza o que aconteceu com a Zoey Stark. Eu ia colocar no feio, em razão do quão gráfico foi o acidente, mas acho que o feio deve ser reservado a coisas realmente ruins que são de total culpa das pessoas que fazem esse show. No caso do acidente da Zoey, foi somente uma infelicidade gigantesca, algo que é uma pena quando acontece a qualquer lutador. Esperamos que ela se recupere logo.

Quanto as duas qualificatórias, a parte isso, tenho muito mais elogios que críticas. Becky, Nattie e Roxanne fizeram uma luta muito legal, onde as três, apesar de alguns momentos de cãibra mental, mostraram um bom entrosamento e conseguiram fazer o que toda triple threat quer, mas que nem todas conseguem: integrar bem todos os envolvidos com momentos de interação que use as qualidades dos lutadores de modo a, ao mesmo tempo, anular os defeitos destes.

E acima de tudo: Lyra Valkyria fez a boa e tirou a vitória da Becky, deixando a vaga para Rox que, sinceramente, era uma das lutadoras que eu mais detestava e demonstrou tamanha evolução que hoje é algum que eu vejo no card e fico curioso para ver o que vai entregar.

No outro combate, entre Rhea Ripley, Zoey Stark e uma retornante Kairi Sane, deu a lógica. Por mais que muita gente, eu incluso, quisesse que a Kairi levasse essa luta, é muito difícil imaginar que a WWE ia deixar a Rhea Ripley de fora de uma luta desse calibre sem ter um plano para ela que não seja uma luta por outro título ou uma rivalidade muito pessoal. Rivalidades pessoais ela só tem com a loira dos filmes e pelo título eu espero que ela não lute tão cedo.

Sobrou MITB e, infelizmente, Kairi estava no lugar errado e na hora errada. Quem estava no lugar certo foi Rhea, que além de vencer a luta, foi recebida com um pop estrondoso, o que é de costume para a estrela do Raw – e merecido, tenho de admitir.

A luta foi rápida e cheia de momentos muito atléticos enquanto as três ainda estavam dentro. Infelizmente durou pouco e Zoey, após um Missile Dropkick com uma aterrisagem falha, precisou ser carregada para fora do ringue.

Apesar do desfecho após isso ter sido um pouco corrido, Ripley e Sane conseguiram improvisar o final bem e sobrou para Kairi a função de tomar o pin, papel que provavelmente seria delegado a Zoey.

MAU

Tudo é igual na cidade de Townsville

Quem vê o Raw há pelo menos 5 anos – talvez até menos – já deve ter se acostumado as repetições de formular e momentos que acontecem de semana para semana.

Contudo, mesmo a repetição da repetição não é o suficiente para anestesiar o espectador do quão mortificante é viver dentro do ouroboros da desgraça que é a aparição do El Grande Americano em toda luta do Penta e da porradaria Rollins/Breakker vs Zayn/Punk.

Talvez de um tempo depois de sábado.

Mesmo assim, não foi fácil passar por Jey Uso vs Bron Breakker (de novo) no main event só para vermos outra luta do samoano acabar em DQ e acontecer uma invasão dos ex-genérico e do Punk geriátrico.

Essa é pra quem acha que alguma coisa realmente acaba na WWE. Nada nunca acaba.

As Roxibilidades

Roxanne botou pra fuder, mas eu estou com medo da Roxanne ser mais uma pessoa que vai usar a relação com o Dominik para desestabilizar a Judgment Day. Sendo sincero, até insinuar o pareamento dela com essa stable para mim já vale a colocação neste lugar.

No Raw de 19 Balor a apresenta a Stable do julgamento e fala que quer que Perez sirva de ajudante para as campeãs de duplas, já que todos ali tem outros membros auxiliares.

A ultima vez que alguém quis um Perez de backup foi a RedBull e a relação não acabou bem.

A sanha por stables do Triple H me irrita. Agora que a RP melhorou dentro do ringue, espero que ele não a jogue em um desastre apocalíptico que acabe no dia do julgamento.

FEIO

A existência do Logan Paul.

Não é o fato tão somente dele ser uma pessoa execrável, uma vez que outros lutadores também o são. O grande problema é a ideia que ele é um bom lutador, um enganoso imaginário de que suas apresentações são boas quando ele teve bons momentos em lutas medíocres. Sério, se você não consegue tirar uma luta decente com o AJ Styles e sua luta com o Seth Rollins na Wrestlemania é extremamente esquecível, o quão bom você realmente é?

Além da abertura do show, o homem sem tato social apareceu também ao final para atacar Jey, fechando as pontas para sábado.

Logan tem gengivite? É a pergunta com a qual acabei o Raw, depois de ver ele dando um socão no Uso campeão e mesmo assim quem acabar com a boca sangrando é o Irmão Paul. Gengivite é uma pica, mas acredito que ele tenha, diferente do bom senso, ao menos um plano dentário.

O Eterno retorno sem graça

As vezes eu sinto que alguém na WWE odeia Kairi Sane. Que alguma alma daquele lugar esquecido por Deus viu nela a alma da pirata que queimou o papagaio da família, tal qual o capitão Haddock e aquele outro mano no filme do Tintin.

Só isso explica colocar a gata para retornar sempre em situações tão idiotas. A WWE não teve nem a ombridade de deixá-la fazer surpresa! Claro que isso geraria uma revolta, uma vez que a surpresa iria desembocar numa derrota para a Rhea.

Contudo, quem for se revoltar vai sentir a angústia vazia do desespero com ou sem retorno; deixe-nos ao menos ter o momento! Ninguém liga para o seu papagaio!

Por hoje é isso, nós vemos mais para frente.

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