Então você quer saber o que rolou de melhor e pior no Smackdown? Bem-vindo ao Bom, Mau e Feio, onde elencamos os melhores, piores e absurdos pontos do semanal da WWE. A edição analisada hoje é a do dia 23 de maio de 2025.
BOM
Dinheiro no banco, saúde para dar e vender
Eu adoro o período pré-Money In the Bank porque tudo se torna um festival de ameaças e promessa. Uma mistura de coletiva pré-jogo de futebol e campanha política.
As pessoas odeiam a Charlotte, né? O tanto de raiva que a Reina recebe é uma coisa impressionante e não totalmente injustificada – apesar de eu, particularmente, achar uma estupidez gigantesca.
Parece que Alexa Bliss e Tiffany Stratton também a odeiam, tendo em visto que o segmento, que começou com a doidinha das bonecas e a campeã louraça belzebu trocando farpas sobre um possível cash-in, virou uma sessão de esculacho que acabou com a Tiffany chamando todo mundo de velho.
Eu adorei?
Pela primeira vez em algum tempo essa combinação de estrelas fez uma incursão ao microfone realmente boa. Acabou que Tiffy e Alexa foram embora e no lugar vieram Zelina Vega, a campeã feminina dos Estados Unidos, e Giulia, a campeã mundial de ser a maioral dos maiorais.
A luta foi legal, nada de espetacular, apesar dos bons momentos, porém o que se destacou foi o resultado. Quando vi que Charlotte estava na Triple Threat tive quase certeza que a ex-campeã da Stardom ia rodar. Mais uma vez nessa vida infeliz eu estava redondamente enganado e que bom, dessa vez.
O bem venceu, Giulia pinou Zelina após um Notherlights Bomb e avançou para o Money in the Bank. Ao final da luta, apontou para cima, algo que pode ser interpretado como uma sinalização ao seu novo alvo, a maleta, ou uma homenagem a falecida Hana Kimura, wrestler japonesa e amiga de Giulia que faleceu há exatos 5 anos da data deste Smackdown.
As melhores da semana
O WWE Smackdown teve, ao menos essa semana, dos shows avaliados aqui na Coluna, as melhores lutas, sem sombra de dúvidas. A Triple Threat entre L.A Knight, Shinsuke e Aleister Black foi um combate bem dinâmico e que se aproveitou muito das habilidades do recém retornado ex-Malakai.
Tomasso Ciampa e Chris Sabin lutaram o fino, fazendo o que para mim é o modelo perfeito de duelo num show semanal, sem gorduras, duração relativamente curta e leva a história para frente; tal qual a principal luta da noite, teve um detalhe, mas esse eu falo na outra categoria.
A peleja entre Niven/Fyre contra B-Fab/Michin foi bem melhor do que eu esperava e conseguiu dar prosseguimento a história da Zelina após a derrota dela mais cedo e a treta nos backstages.
Fatu e Jeff Cobb tiveram o prazer de lutar contra o Fenix e este foi acompanhado pelo Big Jim, que sinceramente não é um cara que costuma fazer tão feio quanto professam quando o assunto é o irmão campeão. Lógico que a estrela foi o lutador mascarado, que pagou novamente por ser bom demais e saiu derrotado junto ao detentor do reinado recordista com o título de duplas; parece que só funciona com o irmão, mesmo.
E o Main Event, né meus amores! Que esculacho de luta. Fraxiom tem um forte argumento para estar entre talvez as 20 melhores duplas do mundo atualmente (e sim, isso é um elogio a menos que seu mundo seja muito pequeno). Combinando toda a maestria high flyer de Axiom com a intensidade assustadora de Nathan Frazier deu-se vida a uma das duplas acidentais mais interessantes das últimas décadas na WWE. Geralmente experimentos assim acabam morrendo rápido, com exceção de algumas tags como The Bar, que acabam dando certo e gerando bons frutos. No caso espero que Fraxiom dure por muito tempo.
E, ainda que muitos peçam para que Montez Ford siga carreira solo tal qual Zayn Malik, que só queria ter uma vida normal, os Street Profits podiam seguir com esse casamento, pois os campeões de duplas do Smackdown têm afinado sua química e ficam cada vez melhor.
Foi uma luta excelente, mas que não acabou porque…
“The Freaks come out at night”
Seja Whodini ou Edge que diga essa frase, ela se torna mais verdade ainda quando o papo são os Wyatt Sicks. Fora de circulação há um tempo, devido a uma lesão de Bo Dallas, ou Tio Howdy, seja lá o que preferir, agora parece que a WWE voltará a usar o grupo inspirado por Bray Wyatt.
No que seria o aniversário de 38 anos do falecido Whindam Rotunda, a facção volta a TV para fazer o que faz de melhor: surpreender o público e sentar a mamona em geral.
Eu particularmente não gosto do grupo, mas na data que é e pelo momento que foi, preciso dar a mão à palmatória, dizendo que, nesta noite, está liberada a zona, de fudido e louco todo mundo tem um pouco.
MAU
A verdade nem sempre é o melhor
Sinto muito, mas achei a promo do R-Truth um saco. Eu entendo o apelo dele e acho que para fazer comédia no televisivo semanal ele é um dos melhores a já pisar na WWE. Agora, por mais que o remate da promo tenha sido bem legal, tudo o que levou até ele foi maçante. Pode ser culpa da duração do show, uma promo num início de terceira hora ali antes dos combates principais, tudo isso mina as coisas um pouco.
Para mim não funcionou e, pela forma reticente que eu estou colocando panos quentes nisso tudo, talvez você perceba que eu queria ter gostado.
“Tudo que é demais é em excesso”
Muitas citações hoje, ne?
De qualquer forma, frase de Luiz Hygino (jovem) é exata e basilar. Três horas não dá, rapaziada, é mortificante ver tanto tempo de Wrestling na TV. Independente de quão boas algumas lutas sejam e alguns segmentos, é muito tempo de show e, além disso dar mais chance de coisa ruim aparecer, o que geralmente acontece, faz coisas legais não parecerem tão legais.
O bom é que você sempre pode ver o VOD na Netflix (beijo, Netflix), pulando as propagandas e as partes chatas, o que sinceramente faz do show, geralmente, mais legal.
É uma pena, pois o Smackdown dessa semana, especialmente, tinha tudo para ser o melhor show da semana entre as duas grandes dos EUA, não fosse sua extensão babante.
Talvez, mesmo assim, ele ainda seja…
FEIO
Deus está morto e nós o matamos
Decisões erradas da noite de hoje: o técnico do New York Knicks não ter pedido um tempo quando teve a posse de bola faltando 14 segundos para acabar o jogo com 3 pontos de diferença em casa; eu ter comido um daqueles pacotes de Takis sabor Fuego que dão muita azia (posso retirar o que disse mediante a patrocínio); colocar a Candice LeRae com a DIY.
Eu sei, ela é casada com o Gargano, Ciampa foi padrinho, já vimos isso, já tiveram stable juntos, já acabou essa merda, chega! Se a WWE não sabe o que fazer com a Candice LeRae, colocar ela para ser manager das pessoas ou ser uma sidekick de luxo provavelmente não é a melhor opção. Não funcionou com a Nia Jax, não funcionava quando ela era a principal na dupla com a Indi Hartwell e, sinceramente, duvido que não funcione agora.
Alguns delírios da década de 10 deviam ficar lá, senão vamos trazer de volta Harlem Shake, o Vine, Zombie Walk e outras idiotices.
A base vem fraca
Por tudo que é mais sagrado nesta rica terra em que abitamos, qual é o problema de alguns lutadores com dar base para o parceiro de luta. Quando eu digo “parceiro” não é tag, é a pessoa com a qual você está lutando. Sim, porque é de mentira, então na verdade todo mundo ali deveria estar tentando se ajudar, certo? Errado, senhor LA Knight, errado!
Na Triple Threat já citada aqui neste texto, houve um momento no qual Black deu um moonsault para fora do ringue em cima de Shinsuke Nakamura e o homem também conhecido como Eli Drake.
E ele fez o que você deveria fazer se uma pessoa tenta pular em você para te machucar, que é sair de baixo. Só que isso não é uma briga de verdade! E LA Knight não deixou de dar base para “preservar o realismo do combate”, deixou de dar base porque é ruim.
Nakamura poderia estar mais bem posicionado, mas na posição que Aleister caiu ali, a bola era todo do ex-NWA. Pelo visto AJ Francis, Moose e LA Knight entraram num bar.
Me pare se você já ouviu essa antes.
Por hoje é só, logo a gente se vê de novo.