A AEW é tão ruim assim? Uma análise totalmente sensata

Siga o WrestleBR no Google Notícias e fique sempre informado.

Feliz ano novo, fãs de lutinha! Estamos aqui depois de muita procrastinação pela primeira vez no ano pra falar do que o povo finge que não gosta, mas não consegue deixar de participar: treta de internet.

Esse começo de ano já chegou com baixaria no mundo do wrestling. Foi treta até na esfera twitteira da IWC BR, incrivelmente provocada por um texto publicado neste singelo site pelo camarada Lucas Gomes, vulgo LKS. A afirmação de que a AEW é ruim e todos, em breve, iriam entender isso, gerou a ira de muitas pessoas, inclusive da queridíssima Tay Conti (Tay, não nos odeie, por favor).

Mas para além da revolta, dos baits e xingamentos, a AEW é ruim? Proponho aqui realizar uma análise completamente sensata e com rigor acadêmico (dignos do Instituto MR) sobre os argumentos que foram colocados.

OS PONTOS RELEVANTES

Mas peraí, argumentos? Aquele texto foi uma grande de mistura de bait e ódio gratuito de fanboy da WWE!!!111!!!!!   Apesar de sim, discordar da forma e da intensidade de alguns pontos, acho que algumas pontuações são bastante relevantes e valem o debate.

O primeiro deles é a falta de representatividade dentro da empresa. Obviamente, esse problema não se resume à AEW. Precisamos falar sobre as trajetórias de lutadores negros e negras, além das lutadoras asiáticas, mas a questão de gênero é igualmente central.

A condução ruim da divisão feminina tem sido talvez o principal problema da AEW. A falta de espaço dado para as lutas e histórias femininas, bastante simbolizada por uma recente edição do Rampage que contou com 14 homens e somente duas mulheres, a ausência da atenção devida as lutadoras já bem estabelecidas como também aquelas que estão ascendendo no roster e necessitam de oportunidade para crescer são pontos inegáveis.

Em relação a falta de histórias nos shows da AEW, durante o período desde o Full Gear até o final do ano passado, esse foi o meu principal problema com o Dynamite. Fora as rivalidade de Hangman vs Danielson, Punk vs MJF e muito discutivelmente Baker vs Riho, diversos nomes estiveram vagando sem muito rumo ou direção, com muitos aparecendo muito menos que merecem.

Agora, vamos alimentar a discórdia e falar das discordâncias.

OS PONTOS… QUESTIONÁVEIS

A afirmação de que o maior mérito da AEW é ter ótimos lutadores e não muito além disso é, no mínimo, discutível. Para além do gosto pessoal, não dá pra ignorar a quantidade de histórias e momentos marcantes que a AEW já produziu e está preparando o terreno para produzir.

Sejam histórias desenvolvidas ao longo de vários anos, como a jornada do caubói millienial Adam Page, ou que geraram mágica em poucos minutos, como as promos do Punk com o Eddie Kingston e o MJF, passando pela ascensão de nomes como a Britt Baker e o Jungle Boy. É inegável a capacidade da AEW como empresa conduzir essas narrativas.

Falando também das lutas, proporcionar histórias contadas no ringue tão marcantes quanto Cody vs Dustin e Lucha Bros vs Bucks não é somente dos lutadores, mas das pessoas que os ajudaram a montar essas lutas por trás das cenas e proporcionaram o palco para que eles pudessem fazer o que fazem de melhor. Outros pontos, como a cooperação e o fortalecimento dos laços com outras empresas, o investimento e a confiança em seus lutadores e a pura animação contagiante causada por pelo menos algumas partes de seus shows são inegáveis.

Alguns comentários caem na categoria de opiniões mais arbitrárias ou pessoais que o Lucas coloca como razões para a baixa qualidade do show, como o príncipe do pro-wrestling Cody Rhodes ser campeão de novo, ou um Dynamite terminar com um roll-up. Esses pontos acham que não valem nem a pena serem discutidos de maneira extensa, então só direi que discordo completamente deles.

De maneira geral, tentei fazer uma divisão entre argumentos mais objetivos e opiniões pessoais. O que talvez seja errado ou equivocado ao se tratar de luta livre. O que me leva à minha conclusão de todo esse drama.

AS LIÇÕES A TIRAR

O movimento que esse que vos fala tentou falar aqui, sendo a pessoa bastante sensata que sou, foi o oposto que os colegas fãs de lutinha fizeram. Mas zero surpresas quanto a isso, a lógica do Twitter e da guerra entre as duas grandes empresas é essa.

Fico surpreso no geral o quanto as pessoas se ofendem com uma opinião como a do digníssimo LKS, como se dizer que a AEW é ruim fosse algo tão absurdo que deveria ser combatido. Ao invés de entrar nessa lógica, tentei ir pelo caminho oposto e gerar esse debate.

A conclusão então seria adotar mais razão e menos emoção nas nossas discussões e cultivar o respeito entre todos? Talvez. Mas que moral eu tenho pra falar isso enquanto tô rendendo polêmica aqui? Alimentem a discórdia se quiserem, gera várias risadas, engajamento e oportunidades de auto promoção (sigam meu twitter no @jvitor2516 para mais comentários sensatos sobre luta livre!). 

1 comentário em “A AEW é tão ruim assim? Uma análise totalmente sensata”

Deixe um comentário