Se você acompanhou o noticiário do wrestling nessa semana, viu que a WWE suspendeu o Titus O’Neil por 90 dias, agora com a suspensão reduzida para 60 dias, por ter puxado Vince McMahon ao fim da despedida de Daniel Bryan que foi ao ar na WWE Network. Você deve estar achando um completo abuso e absurdo da parte de Vince McMahon, mas vamos entender isso melhor.
Essa punição não está completamente injusta. Espera, antes de começar a xingar eu lhe explico. Todos concordamos que foi uma punição severa que tirou a possibilidade de Titus participar da Wrestlemania e que num ambiente como o da WWE aquilo deveria ser normal.
Mas em termos de negócio, tal ato é passível até mesmo de demissão. Imaginem só, você encontra-se numa apresentação pública em meio a funcionários e pessoas de cargo alto da sua empresa, inclusive o dono e presidente dela. E ao fim dessa apresentação pública, você puxa o dono pelo braço e desvia sua rota que estava sendo feita junto ao diretor de operações e à diretora de marca.
É sim uma burocracia empresarial, mas existe. Não é de hoje que a WWE visa transformar o seu ambiente o mais profissional possível. Em qualquer outra empresa de qualquer outro ramo, até mesmo dirigir a palavra ao presidente sem a devida autorização é passível de sanções ou punições.
Não é uma questão do Vince ser carrasco ou querer que seus funcionários tenham medo de se aproximar dele. É uma forma de diferenciar o pessoal do profissional. Ali atrás das cortinas essa situação provavelmente não acarretaria em nada, são apenas duas pessoas de uma mesma empresa num momento de descontração. Mas quando se está no ar, é esperado a seriedade do trabalho a todo tempo. Se você fugir disso, mesmo que de forma inocente, você pagará. Daniel Bryan pagou, Abraham Washington pagou, Chris Jericho pagou.
