Aquele que não deve ser mencionado

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Lenda, adorado, intenso, único, assassino. Qual dessas cinco palavras foi a mais impactante ao iniciar a leitura? Essas palavras não definem quem foi este homem, porém dão ideia de quem se trata e dos questionamento em torno da imagem daquele que é considerado por muitos (inclusive por mim) um dos maiores lutadores que já pisou em um ringue. Até 2007 ele era considerado uma das maiores estrelas do wrestling e um dos lutadores de melhor relacionamento com o Chairman da WWE, Vince McMahon.

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Depois de maio daquele ano, a história dele teve uma história impactante: dois assassinatos seguido de um suicídio que deixou o mundo do wrestling em choque. V-Mac, sem saber que aquilo se tratava de um crime, fez um RAW especial para aquele lutador em homenagem aquele que havia acabado de falecer. Porém, ao saber que esse homem matou sua família, ele nunca mais teve o seu nome mencionado em Stanford. O Royal Rumble 2004 nunca existiu, o evento principal da WrestleMania XX foi Kurt Angle vs Eddie Guerrero, esqueça esse homem, suas glórias foram apagadas.

É o que a WWE quer mostrar. Porém, a prática dói mais que a teoria.

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Vamos falar um pouco sobre a história desse lutador na WWE: Chegou a empresa em 2000, formando um quarteto com Dean Malenko, Perry Saturn e seu melhor amigo Eddie Guerrero, que é um caso especial na vida desse homem. Grandes lutas contra Kurt Angle, Chris Jericho, Edge e o próprio Eddie o credenciaram como um dos melhores lutadores da empresa e do mundo, e a recompensa veio em um ano mágico em 2004, vencendo o Royal Rumble e o evento principal da 20ª edição da WrestleMania contra Triple H e Shawn Michaels, se tornando o World Heavyweight Champion.

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Ao fim da luta, Eddie Guerrero veio ao seu encontro, e os dois campeões mundiais celebraram suas vitórias com um abraço, em uma das cenas que mais arrancou suor hetero dos olhos dos fãs  da luta livre.

Mas, você não pode estar no topo para sempre, não é? E as vezes a vida é uma vadia e tira algo precioso nos seus dias, não é mesmo? Aconteceu com esse homem.

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Novembro de 2005, o Latino Heat, seu melhor amigo, morre vítima de um ataque cardíaco horas antes de um show da WWE. Ele nunca mais foi o mesmo, mas quem seria com uma perda dessas?

Vício em anabolizantes, cérebro extremamente afetado, dizem até como de um senhor de 85 anos com Alzheimer, uma bomba relógio pronto para explodir. E explodiu. Maio de 2007, o sumiço dele deixa todos preocupados, o campeão da ECW não participaria do PPV por motivos familiares e seria substituído. Dias depois, a notícia da morte. As vezes os melhores vão cedo, mas seria ele um melhor? Seria ele um assassino?

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Uma das melhores carreiras da história, com lutas impressionantes, manchada no seu final um tragédia tão impactante que até hoje não se tem um argumento concreto para explicar o que significou. Para a Vince McMahon fora como um tiro a queima roupa já que os dois eram amigos aquela altura.

Se colocássemos em uma balança o peso de uma carreira brilhante e o peso de uma tragédia tão perturbadora, qual teria o maior peso? Você usaria a imagem de um assassino na sua empresa? E a de um dos melhores lutadores da história, uma lenda? E se eles fossem a mesma pessoa?

O que prevaleceu em Stanford foi uma resposta negativa para as duas perguntas. Na WWE, assim como nesse texto, ele é aquele que não deve ser mencionado.

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Por @lucasgom_

 

 

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