Brand split: Vale a pena?

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Recebemos a notícia que a partir de 19 de Julho, o 2º mais longo programa semanal da história da TV, SmackDown, passará a ser ao vivo às Terças. É a primeira vez que a WWE coloca o programa ao vivo não apenas para especiais, mas para todo o sempre ou até que se mude de ideia. Para começo de assunto, vamos explicar o que é a brand split.

O que acontece é que o RAW e SmackDown terão seus próprios elencos e suas próprias histórias, como se fossem duas entidades diferentes de uma mesma empresa. Isso eleva o programa de cor azul ao patamar de principal, o que ele não é há anos. Temos então duas marcas que seguem seu próprio caminho e em algumas ocasiões especiais, se enfrentam. Isso pode ser uma faca de dois gumes, e até mesmo alguns aparentes prós podem se tornar contras. Vamos apontá-los abaixo.

As oportunidades de sucesso dos superastros serão maiores

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Atualmente temos um show principal e seu elenco, que possui muitos astros que poderiam ser melhor utilizados. Então colocar dois shows principais dividirá esse elenco e fará com que mais lutadores tenham espaço, certo? Talvez. Apesar de obviamente ter dois shows para ser o evento principal, ou seja, duas chances de se ter oportunidade, é preciso lembrar que até aonde sabemos a WWE possui uma única grade de PPVs, e mesmo que muitas das vezes há lutas nesses eventos que são questionáveis de existência, temos uma média de seis ou sete lacunas para preencher as histórias de dois programas diferentes. Ao mesmo tempo que você dá a chance de ter mais sucesso, você também aumenta a quantidade de desperdício. Pois, mesmo que o número de pessoas nos roster principais não se altere, você está dificultando o encaixe daquela luta que está ali só pra lembrarmos da existência daqueles superastros, porque você precisa preencher melhor seu card.

O SmackDown deixará de ser reprise do RAW

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Apesar de eu nunca ter gostado do SmackDown ter se tornado isso, tendo em vista as inúmeras rivalidades históricas que marcaram a brand como Edge e Undertaker, Rey Mysterio e Eddie Guerrero, e sem esquecer da polêmica Straight Edge Society de CM Punk. Mas, convenhamos que nos recentes anos uma das maiores críticas da WWE é a falta de criatividade da sua equipe criativa, irônico, não? Então, apesar do SmackDown de fato merecer uma credibilidade maior, se as histórias atuais já demonstram precariedade no seu desenvolvimento, é mesmo uma boa ideia colocar em evidência mais um show que precisará de histórias boas para se manter interessante? Alguma equipe precisará ser remodelada ou começar a trabalhar direito.

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Teremos dois títulos mundiais novamente

Esse é o ponto mais complexo. E provavelmente o mais perigoso também. Atualmente, Roman Reigns é o WWE World Heavyweight Champion. Esse título é fruto da fusão entre o WWE Championship, na época com Randy Orton, e o World Heavyweight Championship que era de John Cena, onde Orton levou a melhor e posteriormente unificou os dois cinturões. O suspiro final do WHC foi quando Brock Lesnar recebeu o novo e fundido cinturão, mostrando que a partir daí teríamos apenas um cinturão mundial na empresa. Agora, seria possível reverter esse processo? Em termos de história, quem seria capaz de aceitar perder metade do significado do seu cinturão? Ou ainda, quem seria conformado de aceitar receber apenas metade da sua conquista? Eu acredito que a unificação dos títulos foi um caminho sem volta, e se o world champion não ficar alternando de brands, a alternativa seria deixar o Intercontinental Championship ou USA Championship como principal da SmackDown. Um passo mais arriscado ainda, seria colocar o WWE World Heavyweight Championship como da SmackDown, o que valorizaria muito mais a marca. Convenhamos que o RAW por si só já dá conta do recado e poderia muito bem ficar sem o título mundial por um breve período.

E você, acha uma boa a divisão de brands? Comente sua opinião na seção de comentários abaixo.

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