Certa vez a dona Lucia, aquela que mandou a carta para a seleção, me escreveu uma cartinha dizendo o seguinte:
“Cachorro manso só toma no buraco, com o perdão da palavra, meu filho. Eu tenho três viralatinhas aqui em casa, umas gracinhas que eu visto em dia de jogo para vermos o garoto Ney. Dentre os três, tem um chamado Jacozinho, é besta que só ele. Fica olhando e babando, olhando e babando. Aí toma uma encoxada braba e chora, depois se mexe um pouquinho mais e volta a babar, olhando para mim com cara de triste.
Que fique claro que eu morro de dó, mas quando o Ezinho e o Jão querem brincar, eles brincam, porque cachorro é assim mesmo né? Se ele quisesse que algo fosse feito, ele podia fazer. O problema do Jacó é a reformulação.
Espero que goste dos biscoitinhos de nata que eu mandei.
Amorosamente,
Dona Lúcia”
O que isso tem a ver com luta livre? Tudo! Não é ser chato ou estraga prazeres, mas é lógico que o Cachorro Jacozinho está CERTO! Tem que deixar os meninos serem meninos, fazerem coisas de cãezinhos, senão que mundo é esse? Eles talvez aprendam um dia e isso vale para a luta livre também.
Principalmente a feminina, apesar de frases assim não ajudarem em nada. É que eu preciso usar meu lugar de fala para expressar meu lado feminino, a voz da velhinha e a magia dos cachorros que, invariavelmente, não deixarão de ser cachorros.
Então continue sendo um cão omisso, jacozinho. Cachorro manso é otário, mas só na casa da Dona Lú.
Ps: Levei meu cachorro para passear com os cães da Dona Lúcia no aniversário deles e eles se deram muito bem.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do WrestleBR