Não é de hoje que quem nos acompanha sabe do avanço brasileiro na luta livre a nível global. E mais uma comprovação disso foi dada nessa semana, com a confirmação de que a AEW agora tem uma casa oficial no Brasil. A partir de 21 de novembro, às 23h, você acompanha a AEW no Space. E já tá valendo começar a utilizar a #AEWSpace nas redes sociais a partir de agora!
Um dos canais da Turner no Brasil, o Space traz para toda a América Latina as emoções do AEW Dynamite, trazendo para cá a parceria com os canais americanos que já esperávamos desde a estreia da All Elite Wrestling.
Ainda temos uma semana até a estreia oficial no Space, portanto nossa missão a partir de agora é garantir que você saiba tudo que precisa saber sobre a AEW até lá!
Quem são os narradores?
Para a mesa de comentários brasileira da AEW no Space, contamos com duas figurinhas já carimbadas na história das cabines de luta livre no Brasil, são eles Octavio Neto e Marcelo Ferrantini.
Octavio Neto é jornalista, narrador e apresentador do Esporte Interativo desde 2012. Em sua trajetória se destacou como narrador da NFL, de grandes eventos de MMA e futebol, sempre com sua irreverência e bordões marcantes e originais. Foi durante 3 anos a voz da TNA e do Impact! Wrestling no Brasil. Em 2016 se tornou o primeiro narrador profissional a comandar transmissões de eSports, sendo eleito como a maior personalidade da área naquele ano. Desde então comanda o EI Games, programa pioneiro no cenário de games e eSports, sendo responsável também pela apresentação e narração de eventos presenciais no Brasil e no mundo. Octavio também é músico e rockeiro! Na juventude era o líder, baixista e vocalista da extinta banda Buzz, em Petrópolis. Nas horas vagas ataca de churrasqueiro (dos bons) e curte colecionar videogames antigos com seu inseparável filho Arthur!
Marcelo Ferrantini é jornalista, narrador, comentarista e apresentador, com uma carreira que se mistura bastante com a de Octavio Neto. No ar desde 2013, Ferrantini começou como comentarista das transmissões de NFL no Esporte Interativo até 2017. Neste período, se tornou narrador e comentarista da TNA. Ao lado de Octavio, Marcelo era parte da dupla original de apresentadores do EI Games, e comentando as transmissões de eSports no EI, como Counter-Strike e Street Fighter. Músico por hobby, Ferrantini toca mais de 10 instrumentos e é apaixonado por gastronomia, apesar da inata inabilidade para a cozinha!
Segundo o próprio Octavio Neto, ele não via a hora de voltar a narrar o pro-wrestling, a saudade de usar os bordões e fazer dupla com Ferranta – como Octavio chama Marcelo Ferrantini – estava demais. Octavio já estava de olho na AEW antes mesmo de receber o convite para narrar no Space, e está muito feliz de fazer parte desses shows aqui no Brasil.
Já Marcelo Ferrantini acha que será incrível poder trazer as emoções e narrar os combates das grandes lendas do wrestling profissional nas edições do Dynamite. Reviver essa parceria com o Magrão – apelido carinhoso de Marcelo a Octavio Neto – também é sempre algo incrível, e ele espera fazer jus ao baita produto que terão nas mãos.
E se você ainda não conhece as grandes lendas do wrestling que estarão na tela da AEW no Space, vamos contar mais abaixo um pouco de cada e onde estão no momento.
Um show explosivo
Sim, não deixaríamos passar o trocadilho com o AEW Dynamite, nome do principal show da companhia, que será transmitido de forma inédita para o Brasil no Space a partir de 21 de novembro, às 23h.
Vamos falar primeiro do dono do principal título (ou cinturão, se preferir) da AEW. Seu nome é Jon Moxley, e ele dispensa comentários.
Após uma longa passagem de 8 anos na WWE, Jon Moxley (Dean Ambrose) deixou a empresa após divergências criativas e insatisfação com o rumo que seu personagem tomava diante as telas. Numa coincidência, ou talvez lance do destino, o contrato de Moxley com a WWE se encerrou 1 mês antes do PPV inaugural da AEW: o Double or Nothing 2019.
Foi no fatídico dia de 25 de maio, em meio a uma multidão que abarrotava a MGM Grand Garden Arena, que Moxley fez sua estreia na All Elite Wrestling. Estreia esta, que foi considerada por muitos como um dos grandes debuts dos últimos anos, e um dos mais importantes momentos da ainda curta história da AEW. Daquele momento em diante, Moxley viria a se tornar a engrenagem principal da empresa no ano que se seguiria.
Moxley iniciou sua jornada entrando em rivalidade com as principais estrelas da nova federação, sendo possível destacar inicialmente seu combate eletrizante contra Joey Janela no Fyter Fest 2019; e a sangrenta Lights Out Match contra Kenny Omega no Full Gear também daquele ano.
Não foi difícil para Moxley alcançar uma chance pelo título principal da AEW. Em seu auge, e sendo um dos principais favoritos do público, ele rapidamente entrou em rivalidade contra Chris Jericho, o campeão inaugural da empresa. O que veio a seguir foi uma disputa acirrada contra Jericho e seus capangas da Inner Circle, com direito a carros furtados, garrafas de champagne quebradas e Moxley ficando temporariamente cego de um olho. Em 29 de fevereiro de 2020, na Wintrust Arena em Chicago, Moxley finalmente consegue sua luta valendo o cinturão, e consequentemente destronando Jericho para se tornar o mais novo campeão da empresa, atingido o mais alto patamar na AEW.
Tendo a maior parte de seu reinado decorrendo durante a época pandêmica, Moxley viu em suas mãos a dupla responsabilidade de ser a face da empresa em um período tão complicado, além de ser peça essencial para estabelecer e validar a All Elite Wrestling diante dos olhos do público.
Ainda como campeão e com um recorde de vitórias, Moxley vem cumprindo bem seu papel, já tendo entrado em rivalidade com nomes como Brodie Lee, Brian Cage, MJF, Lance Archer e Eddie Kingston.
Atualmente, Moxley está prestes a defender mais uma vez seu cinturão e seu posto como campeão da AEW com um antigo rival, um lutador no qual ele ainda possui assuntos não resolvidos. Lutador ao qual, para muitos, ainda precisa reencontrar sua antiga persona: estamos falando de Kenny Omega.
Após permanecer anos no Japão, onde se consagrou principalmente durante sua passagem pela NJPW, Kenny Omega retornou ao ocidente junto de seus amigos e parceiros da The Elite para embarcar na criação da All Elite Wrestling. Sendo um dos principais responsáveis pela concepção da nova empresa, Omega agora se comprometeria ao seu papel de wrestler bem como atuaria em sua nova função como vice presidente executivo.
Kenny Omega sempre se manteve como um grande favorito dos fãs, as expectativas que giravam em torno de seu nome e de sua futura trajetória dentro da AEW eram altas, de maneira que muitos esperavam (e ainda esperam) que ele replique a mesma fórmula de sucesso que teve em sua carreira no Japão.
A princípio, Omega começou sua caminhada na All Elite Wrestling disputando no Double or Nothing 2019 uma chance pelo título inaugural da empresa contra Chris Jericho, luta essa a qual perdeu. Após sucessivas derrotas contra PAC (no All Out) e Moxley (no Full Gear), o público começou a se questionar se aquele grande lutador, uma vez conhecido por suas majestosas lutas 5 estrelas, havia de alguma forma se perdido.
Em meio a questionamentos sobre sua capacidade em ringue, dando uma virada em sua carreira, Kenny Omega e seu até então parceiro ‘Hangman’ Adam Page, conseguem conquistar o título de tags durante o episódio especial do Dynamite entitulado como Chris Jericho’s Rock ‘N’ Wrestling Rager at Sea Part Deux: Second Wave, que ocorreu dentro das instalações do cruzeiro de Chris Jericho, onde derrotaram os detentores dos cinturões Frankie Kazarian and Scorpio Sky. A partir desse momento a carreira solo de Omega é colocada em segundo plano, havendo um maior foco no desenvolvimento na sua tag team com Adam Page.
A história entre Omega e Page tornou-se então uma das principais storylines desenvolvidas pela empresa, storyline essa que envolveria desde Page flertando com uma possível associação com a Dark Order, a quebra da The Elite, e o envolvimento da FTR (dupla essa que seria um dos estopins para desentendimentos entre Hangman e Omega).
Após perderem oficialmente os cinturões para o FTR no All Out 2020, Omega e Page encerraram sua corrida como dupla, seguindo caminhos diferentes porém nem tão opostos assim. De outubro à novembro, Kenny Omega participou de um torneio realizado pela AEW durante a programação semanal, onde o vencedor conquistaria o direito de se tornar desafiante ao título da empresa, hoje em posse de John Moxley. Omega derrotou Sonny Kiss, Penta El Zero M, chegando a final do torneio no Full Gear 2020, derrotando seu até então parceiro de tag Adam Page.
Dando pequenos vislumbres do retorno de sua antiga persona, The Cleaner, e agora com a chance pelo título em suas mãos, Kenny Omega segue como uma cartada na manga da All Elite Wrestling. Cartada essa que muito em breve mostrará que aquele lutador do Japão nunca esteve perdido.
Além de focar em lutadores renomados e já estabelecidos dentro do pro-wrestling como Moxley, Omega e Jericho, a AEW também dá atenção especial ao desenvolvimento de jovens estrelas, esses que num futuro serão aqueles que irão carregar o nome da All Elite no mercado.
Entre esses, vale o destaque para Maxwell Jacob Friedman, mais conhecido como MJF. MJF fez sua estreia na All Elite no Double or Nothing 2019 como participante da Cassino Battle Royal que valia a oportunidade de uma chance pelo cinturão principal da empresa, luta a qual perdeu sendo eliminado por Adam Page.
Inicialmente Friedman se apresentou ao público como um grande parceiro e amigo de Cody Rhodes, ajudando-o sempre que possível durante os combates e segmentos. Isso no entanto se encerrou no Full Gear 2019 onde MJF foi uma das peças chaves para derrota de Cody em sua luta com Jericho, posteriormente traindo-o após o combate.
A partir desse ponto, MJF vem se estabelecendo como um dos lutadores mais promissores, e um dos mais talentosos vilões do pro-wrestling na atualidade. Sempre ao lado de seu braço direito, Wardlow, MJF já entrou em rivalidade contra grandes queridinhos do público, como Jungle Boy, Diamond Dallas Page, e o próprio Cody Rhodes. MJF também já teve a oportunidade de entrar na disputa pelo cinturão mundial da AEW, enfrentando Jon Moxley no All Out 2020 e sendo derrotado pelo mesmo.
Atualmente MJF está numa storyline junto com Chris Jericho, tendo o enfrentado e derrotado no Full Gear 2020 pela chance de entrar no grupo liderado por Jericho, o Inner Circle. Com sua vitória e consequente entrada para o grupo, os programas semanais continuam seguindo a jornada de MJF para se tornar um dos melhores, tudo isso em meio a viagens para Las Vegas com seus novos parceiros de time e números musicais inusitados com Jericho. Nos resta seguir acompanhando.
Como o foco do nosso texto é a chegada da AEW em terras tupiniquins no Space, claro que daríamos destaque aos lutadores brasileiros que se encontram fazendo parte do roster atual da empresa. Por isso, por último, mas não menos importante, falaremos de Taynara Conti, ou só Tay Conti como é anunciada na AEW.
Taynara teve uma breve passagem pela WWE, onde participou das edições do Mae Young Classic em 2017 e 2018 . Tay permaneceu na empresa lutando em eventos ao vivo do NXT, e se consagrando após sua participação na Battle Royal da Wrestlemania 34 como a primeira lutadora brasileira a competir no maior evento do mundo do pro-wrestling.
Em meio a pandemia, Taynara foi liberada de seu contrato com a WWE no dia 17 de abril de 2020. Mas se engana quem pensa que sua caminhada dentro do wrestling havia acabado.
Em julho de 2020, a AEW anunciou em sua programação a estreia do AEW Women’s Tag Team Cup Tournament, a participação de Tay anunciada pouco tempo depois. Nesse torneio Tay fez tag com Anna Jay, ambas conseguindo avançar até as semi-finais onde foram derrotadas por Ivelisse e Diamante. Com o fim do torneio, o anúncio da contratação de Tay Conti pela AEW foi motivo de comemoração por grande parte dos fãs brasileiros.
Dentro da storyline atual, Tay ainda se encontra ajudando sua parceira Anna Jay, com a história rondando o fato de Anna tentar fazer Taynara ingressar à Dark Order a qualquer custo. Taynara além de realizar combates nos programas semanais, também faz aparições esporádicas no Being the Elite (web-série feita pela The Elite para o Youtube).
É bom lembrar que além de Tay Conti, outros nomes brasileiros também já deram as caras pela AEW. A lutadora brasileira Christi Jaynes já fez aparições no AEW Dark, onde enfrentou KiLynn King e Big Swole. Cezar Bononi é outro que já deu o ar da graça na empresa, entrando em combates contra Billy & Austin Gunn e os Lucha Brothers.
Independente de qual for o futuro da AEW no Brasil daqui pra frente, dentro e fora das telas do Space, que esse futuro seja brilhante.