Mais uma vez eu vou falar sério

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Existem esforços reais de preservar a história do wrestling nacional, ou pelo menos remontá-la, costurar uma coisa que é tão fragmentada quando gozada de pau furado para tornar essa torrente de desgraça em uma linha de pensamento coesa.

Agora existe a possibilidade também de não ser possível recuperar essa história, de que ela vá morrendo com as pessoas que lembram e que os documentos se percam em incêndios ou arquivos mal cuidados.

Sendo este o caso, o que fazer então? É algo a se pensar, já que ter memória é uma parte importante de ter um futuro.

Mesmo o México, onde não se tem muita coisa gravada, a impressão digital da Lucha Libre está marcada na cara da cultura local – quase que literalmente.

Já no Brasil a gente tem uma coisa ali, outra pessoa ali e uma vontade foda de ser a WWE. Eu ia falar que essa vontade não é ruim, mas na real é sim. É falta de bom senso, falta de tato, falta de espelho em casa. Essa vontade de construir um produto fora da possibilidade do Brasil cria produtos sem personalidade, sem carisma, sem nada. Talvez seja a própria falta de história que gere isso.

Não quer dizer que precisemos de Round em lutas, ou cartões, ou ring-girls, ou pensamentos idiotas. Quer dizer que precisamos pensar as coisas um pouco mais dentro do Brasil e do que o Brasil já foi ao invés do que a WWE é, ou a AEW é. Porra, se você acha que tua empresa vai virar a AEW nos próximos 5 anos eu bato palma pela coragem ingênua e ainda prometo um boquetão caso aconteça.

É possível que a gente só não ligue pra história mesmo e foda-se. Deixe que as coisas se percam, que vão pra casa do caralho junto com todo o resto. Às vezes existem novos lugares para se aprender do que o passado.

Acontece que no Brasil o único lugar para se aprender é o abismo.

Eu só estou pensando, no final das contas. Tudo pode dar certo se você estiver bem.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do WrestleBR

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