Eu gosto de ver sangue em combate. Ainda assim, meu nível de sangue numa luta é algo como foi Cody vs. Jericho no AEW Full Gear. Agora, o combate de Moxley vs. Omega me incomodou. E eu gostei muito disso.
Ninguém entendeu direito o que seria uma Lights Off match, mas todos nós sabíamos o que esperar de Jon Moxley e Kenny Omega. Ia ser brutal. Não demorou muito para vermos sangue jorrando de toda maneira possível e de maneiras que ninguém esperava ver.
Quem conhece Jon Moxley de muito antes de ser Dean Ambrose na WWE, sabe que seus tempos de CZW mostram o quão insano ele pode ser. E, na melhor definição possível, Kenny Omega tolera a dor física como ninguém.
Mas será que não passaram do limite? Eu já adianto que não importa. Nós sempre somos críticos à ausência do extremo que vigora na WWE, e qualquer resquício do que nos aproxima da Attitude Era é motivo de nostalgia e comemoração. E o fato de Moxley vs. Omega causar certa estranheza me faz voltar ao que define a luta livre.
Simples assim, a luta livre pra mim é estar fora da zona de conforto. Os momentos mais intrigantes e emocionantes da luta livre são aqueles em que não temos reação. E foi o que aconteceu, eu estive desconfortável em quase todo o combate.
Essa não foi a luta mais extrema de uma grande empresa, mas poucas foram as lutas extremas que serviram como evento principal de um PPV. Uma das críticas que estão sendo feitas é sobre a duração, pois o combate durou cerca de 40 minutos. Foi longo, mas eu nem percebi que durou tanto.
No final do combate, a sensação que veio foi a de alívio. Uau, mas o que aconteceu aqui?! Moxley e Omega deram a vida no ringue. Muita gente não vai curtir, mas essa pra mim é a essência da luta livre.