Ao que parece, o NXT como conhecemos vai mudar de novo.
Desde 2010 como a marca amarela da WWE, o show de novos talentos da empresa vai ser repaginado. Desta vez, sai o rock and roll de meia idade de Triple H e entra o colorido e pop inspirado nos programas da Rede Globo.
Essa mudança já era prevista. Nas últimas semanas, a WWE fez alguns movimentos, incluindo a demissão de lutadores da marca.
Em entrevista nas últimas semanas, Nick Khan admitiu que estava construindo um novo NXT. Esse, ainda seria a porta de entrada de novos lutadores para o elenco principal, mas com uma diferença.
Dessa vez, a empresa mudaria o seu foco para lutadores novos e sem experiência em federações independentes. Com isso, o sonho de ver um produto cada vez mais parecido com as indies dentro da WWE, acabou.
Com isso, a experiência de Triple H à frente de um show que foi moldado ao seu estilo, desde a escolha das música até os lutadores, também pode ter chegado ao fim.
Depois de mais de 7 anos à frente da atração, podemos chegar a uma conclusão polêmica, porém justa.
O NXT de Triple H não conseguiu obter o mesmo sucesso que o de Vince McMahon
Eu sei que você deve estar querendo fazer uma nota de repúdio nesse exato momento, mas aqui estão os fatos.
Mesmo com uma qualidade superior dentro do ringue, o NXT de Paul Levesque pecou em entreter o público. Vale lembrar que a WWE possui uma parcela de fãs diferenciada que, particularmente, não se importa com 5 estrelas de Dave Meltzer.
E, por isso, lutadores como Undertaker fizeram sucesso por anos.
E, ainda por cima, o NXT pouco inovou. Foi uma coleção de rivalidades que já haviam sido feitas nas indies, mas usando o selo WWE de megalomania que muitas vezes funcionou. No entanto, isso não foi suficiente para bater o Dynamite, por exemplo, que possui o único produto parecido entre as ligas maiores.
Mas, se faltou entretenimento no NXT rock and roll, sobrou no reality show que durou entre 2010 e 2012, quando o formato era comandado por Vince McMahon.
Ali, se não tínhamos lutas para alegrar Meltzers, havia muito entretenimento para o público geral.
Como não sentir falta de lutadores como Daniel Bryan sendo aprendizes de The Miz? Ou a história de Low Ki e suas mentoras, Layla e Michelle McCool?
Corridas em volta do ringue, competição de cachorro-quente, romance…
Grandes histórias surgiram na primeira versão do NXT, e que podem ser resgatadas no novo formato do programa.
Dessa forma, os fãs só tem a ganhar com isso.