Prêmios WrestleBR: os Melhores e os Piores de 2016

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2016 foi um ano muito bom para os fãs de WWE. Vimos a ascensão de uma horda de wrestlers de infinita qualidade, dando cara nova aos títulos da casa, e fomos testemunhas da “New Era” da WWE. A divisão feminina finalmente recebeu o respeito e destaque que sempre mereceu, e tivemos a volta dos cruiserweigts e também da famigerada separação de brands. O NXT continuou a trazer os melhores atletas do globo e a nos impressionar com lutas de cair o queixo. Que ano, meus amigos. Para avaliar o que tivemos de melhor em 2016, nós do WBR nos reunimos novamente para chegar a um consenso sobre os melhores e os piores do ano, em 8 categorias distintas. Se a WWE não fez seu tradicional Slammy Awards, nós traremos para você os Prêmios WrestleBR. Sem mais delongas, vamos começar.

 

 

Pior Tag/Stable: The Shining Stars

 

Vamos começar essa premiação com os lutadores que pior representaram a tag division no ano de 2016. E os donos desse posto são Primo e Epico, travestidos como The Shining Stars. Pois é, mais uma vez a WWE tentou emplacar uma nova gimmick nesses dois, como se tivesse dando uma nova chance para ambos. Parece que ela não se conforma em colocar os dois apenas como eles mesmos, mesmo que o ápice da dupla foi justamente quando lutavam de cara limpa. Após falhar com o lance dos Los Matadores, ela teve a grande ideia de transformá-los em dois orgulhosos cidadãos de Porto Rico. Desde as promos já dava pra ver que algo muito ruim estava por vir, e por fim, realmente veio. Não acrescentou em nada na carreira dos dois e muito menos para o público, só tomando o espaço de tags que poderiam verdadeiramente brilhar no roster principal, como a DIY e a Revival. O público odeia essa dupla não por eles serem maravilhosos heels, mas sim por eles fazerem com que todos nós perdêssemos nossos tempos preciosos em 2016 assistindo aquilo. Em um ano repleto de tags sofríveis, como a Golden Truth, a Breezango e os pseudo-heels Usos, o prêmio de pior dos piores fica para The Shining Stars.

Melhor Tag/Stable: Enzo Amore & Cass

 

De um lado, temos um certified G, do outro, temos um lutador com 7 pés de altura, and you can’t teach that! Enzo Amore e seu parceiro Big Cass brilharam esse ano, disseminando seu carisma infinito sobre os fãs, que já era gigante no NXT e triplicou após a ascensão da dupla no Raw. A mistura perfeita entre a energia contagiante de Amore e a força cavalar de Cass é o combustível para lutas sensacionais de se ver, que prometem sempre melhorar no novo ano que chega. Mesmo com alguns contratempos, como a concussão que Enzo sofreu no último Payback, a dupla continuou firme e forte com o apoio dos fãs. É questão de tempo que o título chegue até os dois lutadores, é a cereja do bolo que falta para glorificá-los como uma das melhores tags dessa era. Por enquanto, eles alcançam o título de melhor tag do ano de 2016 segundo a opinião da board of directors do WBR, que já é alguma coisa.

 

Pior Diva: Eva Marie


Ano passado, ela conseguiu se safar, mas em 2016, Eva Marie não tem escapatória, vai levar para casa o amargo preço de ser a pior lutadora do ano que passou. Ela é uma simples modelo perdida na divisão feminina da WWE, mais preocupada com sua participação no Total Divas do que nos ringues. Só de olhar sua entrada, já dá pra perceber isso, todo um espetáculo para um produto medíocre. Ela melhorou minimamente de uns tempos pra cá? Sim, mas não o suficiente para podermos chamá-la de uma verdadeira pro wrestler. Se fosse uns 10 anos atrás, onde era nítido que a alta cúpula da empresa estava mais preocupada com os corpos das mulheres do que em suas habilidades no ringue, a presença de Eva Marie seria plausível. Porém, após toda a revolução que as lutadoras da WWE estão trazendo luta após luta, chega a ser desrespeitoso termos ela no roster. E pensar que Eva Marie lutou contra Asuka em pleno NXT. E sabe o que é pior? Ela estar em uma brand principal e Asuka não… Quem está apoiando a presença dela na WWE? Com toda certeza, não é o público.

 

Melhor Diva: Sasha Banks

 

Nos Prêmios WrestleBR de 2015, eu previ que 2016 seria um ano maravilhoso para Sasha Banks. Porém, não dava para prever a proporção que isso poderia tomar. O título de campeã foi o símbolo de um ano sensacional para a atleta, que acabou transbordando para toda a divisão feminina. Vale lembrar que ela ganhou o cinturão em pleno main event no Raw, uma luta eletrizante e até desafiadora aos padrões do wrestling profissional. Aliás, desafiar padrões é algo que a Boss faz com muito talento. Ano passado ela já tinha sido a primeira lutadora, ao lado de Bayley, a participar de um evento principal do NXT, além de ser pioneira também na estipulação que participaram, uma iron man match (que por sinal foi “apenas” a luta de mulheres mais longa de todos os tempos na WWE). Em 2016, ela repetiu a rebeldia ao participar de uma hell in a cell match, sendo ela e Charlotte as primeiras divas a fazer tal feito. Ah, e detalhe, as duas lutadoras se enfrentaram no main event de um PPV da WWE, algo que a divisão feminina nunca viu acontecer em nenhum momento de sua existência. Vocês tem ideia da magnitude disso? Isso sim é uma revolução, e Sasha Banks é a líder. Ou melhor, a chefe. Melhor do que a maioria dos superstars da empresa, Sasha Banks é coroada como a melhor lutadora de 2016 (diva chega a ser pejorativo para ela), tendo presença quase que garantida nas premiações de 2017. Você tem alguma dúvida disso?

 

Pior Superstar: Jinder Mahal

 

Quando pensamos que tinha ido para nunca mais voltar, eis que ele surge das cinzas. Sem a menor necessidade, sem a menor demanda dos fãs, temos novamente Jinder Mahal nos ringues do Raw. Ele fez basicamente nada no ano de 2016, o que foi o suficiente para ser o pior superstar do roster. Na verdade, ele voltou para sua antiga função de jobber, o que realmente não me entra na cabeça, pois temos várias figuras no roster que poderiam fazer o mesmo papel. O cara tem o mesmo carisma de uma batata, zero conexão com o público, e tira de certa forma parte do brilho de seus adversários por ser um lutador desinteressante de se ver. Se era pra trazer alguém do 3MB, deviam ter trazido Drew McIntyre, que de inicio nunca deveria ter saído. Acho que não preciso falar mais sobre Jinder Mahal, suas lutas falam por si.

 

Melhor Superstar: AJ Styles

 

Diria que essa foi a surpresa do ano, sem dúvidas. Sua vinda não passava de um rumor totalmente fantasioso no último Royal Rumble, até que se concretizou para o choque de uma massa incrédula de fãs. AJ Styles finalmente marcava presença na WWE. Se você é um fã mais antigo, da época que Hornwoggle era leprechaun e os lutadores liquidavam a fatura, essa notícia nunca poderia ser levada a sério. Ainda mais quando uma de suas feuds foi justamente contra John Cena, materializando na frente de nossos olhos uma dream match clássica, entre o Superman da WWE contra o então fenômeno da TNA. Seu debut no Raw contra Chris Jericho foi de tirar o fôlego, puta que o pariu. Desde ali, ele mostrava para que veio, simplesmente espetacular. Styles trouxe toda a experiência que obteve nas federações que lutou para o ringue da WWE, e é figura principal das mudanças que a empresa passa através de sua New Era. Para completar seu ano, se tornou campeão da WWE, trazendo uma credibilidade enorme para o título. Simplesmente, fenomenal.

 

Pior Luta: The Rock vs Erick Rowan – Wrestlemania 32

 

Eu aposto que você pensou em Goldberg vs Lesnar como pior match de 2016. Eu sei, eu sei, o que poderia ser pior que um main event de um PPV de aproximadamente 1min25? Acho que 4 entre 5 pessoas iriam pensar nessa luta como a pior, não é todo dia que vemos a volta de uma lenda como Goldberg nos ringues ser mais curta que sua própria entrada. Entretanto, a única pessoa dentre as 5 que não lembraria desse combate lamentável certamente se recorda do que aconteceu no último Wrestlemania. No palco mais importante da luta livre, surge The Rock para fazer graça junto aos fãs. Eu lembro que estava com bastante sono esperando o evento principal, odiando por completo a presença do Rock naquele momento. Ele chegou, eletrizou todo mundo, usou o lança-chamas e o caralho a quatro, até ser interrompido pela Wyatt Family. “Obrigado, Bray Wyatt”, foi o que eu pensei naquele instante. Ele teve também seus minutos de conversa, até que do nada, surge um combate entre The Rock e Erick Rowan. Você se lembra disso, caro leitor? 6 segundos. Sim, The Rock levou 6 segundos para derrotar Erick Rowan. E não foi em qualquer match, foi em um fucking pré-main event de uma Wrestlemania! Você pode não considerar isso como uma luta pela duração, mas se houve o toque do sino, os dois lutaram e houve o toque do sino novamente, temos uma luta. E nesse caso, a pior luta de 2016. Fiquei tão abismado que não tive mais forças pra continuar assistindo e fui dormir, eu desisti do PPV após aquilo. Qual a necessidade, WWE? Poderia ter sido o momento para dar uma chance para atletas mais ofuscados do cartel, qualquer coisa menos um squash do Rock em um capanga do Bray Wyatt. Foi algo que não levou a lugar nenhum, a história começou e terminou ali. Não tem como não dar a essa o prêmio de pior luta do ano, se é que isso pode ser considerado um prêmio.

 

Melhor Luta: Sami Zayn vs Shinsuke Nakamura – NXT Takeover: Dallas

 

Esqueça tudo de ruim que você viu esse ano, e vamos lembrar do que tivemos de melhor, o crème de la crème das lutas que assistimos. E olha que foram tantos combates, em 15 PPVs e em dezenas de shows semanais da WWE, que chegamos a nos esquecer. Porém, a luta que marcará 2016 não faz parte das brands principais, faz parte do “underground” da empresa. No dia primeiro de abril, no especial NXT Takeover: Dallas, surgia uma luta tão impressionante, pelo seu nível técnico e a energia que trouxe junto aos fãs. Sami Zayn voltava ao NXT, lugar que ajudou a popularizar, para aquela que seria sua última aparição. Ele enfrentaria a nova estrela que faria seu debut no PPV, o carismático Shinsuke Nakamura. Um combate entre uma grande estrela das indies americanas com a sensação do strong style no NXT, como poderia dar errado? Foi uma luta empolgante a cada instante, não dava pra tirar os olhos a cada movimento feito por ambos os lutadores. “Fight forever!”, esse era o grito que envolvia a arena, e certamente era o pedido de todos que assistiam aquela luta, que ela não terminasse nunca. Essa é uma daquelas lutas que fazem você lembrar o porquê de você assistir luta livre, foi um privilegio assistir a essa verdadeira obra de arte. Sendo assim, uma luta de uma brand “secundária” fecha os Prêmios WrestleBR como a melhor de 2016, com sua qualidade fora do comum.

 

 

E assim acaba mais um Prêmios WrestleBR! Dê sua opinião, comente se você concorda ou discorda com os nossos eleitos, não tenha vergonha de se expressar. Obrigado para quem nos acompanhou esse ano inteiro, e que tudo de bom aconteça para todos nós em 2017. Tchau, te vejo no próximo ano!

 

1 comentário em “Prêmios WrestleBR: os Melhores e os Piores de 2016”

  1. o ano da Charlotte foi muito melhor do q o da Sasha, foi de longe a q mais evoluiu, uma das poucas heels (e nisso eu incluo tbm os homens) q foi realmente odiada, promos excelentes, e é a líder dessa nova geração

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