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Um prazer inenarrável

Um prazer inenarrável
Airton Reis
28 de julho de 2018

Mais de 2500km separam a simples cidade de Boca da Mata do bairro da Mooca em São Paulo. Um contato real com a Luta Livre necessitaria de pelo menos um dia e meio de viagem de carro e muitas dificuldades pelas não tão cuidadas estradas de nosso país. Por meio das complexas redes de internet, este rapaz que hoje escreve para o WrestleBR se tornou um Gigante do Ringue.

Muito prazer, amigo leitor. Do lado de cá quem escreve atende pela alcunha de Menino Tanaka. Adentro em diversos lares e aparelhos por meio do meu canal no YouTube, o Rádio de Pilhadriver. Por meio deste recebi o convite de carregar, nas minhas costas, parte do peso de uma geração outrora considerada a pérola da ostra, hoje condenada ao ostracismo.

Hoje dou voz ao novo projeto do Gigantes do Ringue, o Revolution Wrestling. Alunos da Academia Michel Serdan, em busca de terem a relevância que um dia outros nomes já tiveram na cultura nacional, organizam, lutam, gravam e editam um programa semanal que vai ao ar todos os sábados no canal oficial da empresa no YouTube.

Distante de Globo, Record, Gazeta, Band ou Excelsior, hoje o Gigantes do Ringue atende à demanda de um tímido público que almeja acompanhar o desenvolvimento da autoproclamada revolução da Luta Livre Nacional. São Paulo e Rio Grande do Sul, grandes polos expoentes da arte, continuam com suas produções. Outros estados do Sul e Sudeste entraram no mercado em busca de oportunidade e demonstram que, mesmo sem o fator tradição, podem representar dignamente o “porta-bandeira” deste renascimento.

Alagoas é um estado isolado deste cenário. Temos pouco mais de três milhões de habitantes e, sem qualquer comprovação científica, atesto sem medo de errar que somente uns 100 conseguem compreender os motivos para um interiorano estar gritando sozinho, em um estúdio de gravação, coisas como “É isto” e “O som do gongo ecoa, é hora de luta boa”.

Poucos, ou nenhum desses, tiveram a possibilidade sequer de ouvir a voz de Carlos Valadares a narrar os grandes momentos da história da Luta Livre. Um monstro sagrado na nossa história, um comunicador nato e um cara com uma capacidade absurda de transmitir a emoção daquilo que se passava.

Como é possível explicar por aqui, com toda a beleza estética do ato, que hoje estou ocupando um posto minimamente similar ao de um homem como ele? Impossível. Não tem como mudar tão facilmente os olhares tortos sob uma realidade deturpada.

Muita análise, paciência e muitos erros. Esse é o meu trabalho de todas as semanas antes de gravar a narração. Você não sabe o quão difícil é fazer qualquer coisa até ter que fazê-la. Os nomes de golpes fogem da mente no compasso em que a ação dentro do ringue não para. Seu raciocínio tem que ser programado, golpe por golpe, para controlar suas palavras, seu tempo e sua respiração. O trabalho do narrador, quando ele também é comentarista, é explicar para o espectador aquilo que está se passando dentro do ringue. Digerir a informação para que você possa refletir toda a profundidade da história que está sendo contada. Isso é muito complicado e por isso passei a admirar muito mais os profissionais dessa área aqui do Brasil – que são muito bons – e os de lá de fora.

A aparelhagem não é minha, mas a voz é. Distante da realidade da Academia, faço o que posso para alavancar o desenvolvimento da Luta Livre Nacional para algo minimamente similar ao que já foi. Eu grito, eu esperneio, eu vivo a Luta Livre. Consigo, na medida do possível, descrever tudo que meus olhos veem dentro do ringue. O que eu sinto ao fazer isso, no entanto, é inenarrável.


O gigante Menino Tanaka trouxe para a gente um pouco do que é ser a voz do Gigantes do Ringue, e você pode ver o trabalho dele no Rádio de Pilhadriver aqui, assim como o episódio mais recente do Revolution Wrestling. Aproveite também para seguir o @RDPilhadriver e @GDRLutaLivre no Twitter. Muito obrigado pela postagem, Tanaka!

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