Então você quer saber o que rolou de melhor e pior no WWE NXT? Bem-vindo ao Bom, Mau e Feio, onde elencamos os melhores, piores e absurdos pontos deste semanal da WWE. A edição analisada hoje é a do dia 01 de julho de 2025.
BOM
Dupla de um monte
A história de duplinha no NXT está ficando intensa. De um lado tivemos Sol Ruca e ZÉLIA vs Tatum Paxley e Izzi Dame numa luta divertida valendo o poder da amizade, onde as duas duplas se mostraram bem criativas em usar tanto golpes de duplas quanto golpes individuais para gerar variações na luta, além de integrar o trabalho em ringue com a história geral de que Zélia uma hora irá trair Ruca por causa do título Norte Americano sem esquecer de que Paxley é uma pessoa sem amigos que precisa de alguém para lhe dar validação.
Diferente de outras histórias neste show, essa dinâmica está começando a me interessar porque eu acho que tem potencial para uma fatal 4 way por esse título de Ruca, lutadora que rabisca mais que o lateral Wesley nos três jogos que ele foi realmente bom. No final Zélia deu um Spear em Ruca e a dupla adversária conseguiu tirar vantagem, com Dame fazendo o pin na campeã
A outra duplinha formada por uma loira e uma mulher fortona braba bombada é Blake Monroe e Jordynne Grace vs Fatal Influence no Great American Bash. Lógico que a dinâmica será diferente, uma vez que Jordy e Monroe não são amigas e talvez até sejam um pouco rivais nessa luta, mas o que se pode esperar é um combate que, se não interessante, pelo menos dará ao público uma amostra do que Blake pode fazer no ringue.
A luta meia arrastão
O figurinista, se é que existe, só largou de mão e deu a mesma configuração de roupas pra Lainey Reid e Thea Hail. Ainda assim elas, apesar da mesma meia e apesar de Thea ter o personagem mais idiota da história, entregaram uma boa luta.
Eu fiz essas ressalvas anteriormente porque acredito que as vezes falta empenho em alguns detalhes ali no NXT, seja da produção ou dos lutadores, em se diferenciarem uns dos outros ou, falando de outra forma, de se diferenciarem de uma forma legal.
De qualquer maneira, estamos falando da parte BOM do texto, então chegou a hora de elogiar. Hail é quem deu o ritmo da luta. Ela tem uma boa consciência de ringue, conseguindo preencher a completude do ringue em poucos movimentos apesar de ser pequena e usa essa habilidade para encaixar um moveset com uma boa variedade, além de ter vendido bem as ofensivas de Lainey.
A última, inclusive, teve uma luta contra Jacy Jayne que falamos aqui, e segue vencendo na brand terciaria, mostrando uma sequência do trabalho e tentando sempre se apresentar como uma lutadora agressiva e inteligente. Apesar disso ela ainda não tem uma personalidade, tanto no ringue quanto fora dele, forte e delimitada o suficiente para termos mais o que comentar.
Enfim, essa luta é legal em si, entretanto serve principalmente como uma amostra de potencial para coisas melhores que podem ou não vir no futuro. Tudo depende delas e do velho vesgo.
MAU
O Rei está morto
E essa nem é a parte ruim, ruim é só o fato de Lexis King ter lutado no NXT. Ok, Myles Borne também não ajudou muito e tudo o que foi dito da última luta não pode ser dito dessa pelo simples fato que a personalidade já esta ali, o potencial já foi explorado, é só tudo muito chato e desinteressante.
Será preciso que a WWE entenda, de uma vez por todas, que o experimento Brian Pillman Jr King não funcionou, não funciona e não funcionará. Borne, talvez, ainda tenha uma esperança, se conseguir se afastar dessa pecha de Randy Orton Jr e arranjar um finisher diferente deste quase Zig Zag Danger Zone que ele dá.
Está tudo errado e o mundo não vale a pena.
Efeito de Luca
Mais uma semana, mais uma historinha da família do Tony D’Angelo. Dessa vez o Don recebeu um socão na cara do Luca, o que fez todo mundo acreditar que o turn vinha aí e que este rapaz finalmente estaria do lado de Stacks como vinham insinuando nas últimas semanas. Mas aí ele deu um socão na cara do campeão da Heritage Cup também e falou, tal qual um Ent nas Duas Torres: Não estou do lado de ninguém, só do meu próprio lado.
Logo, o que podemos esperar agora meus amigos, não é um personagem genérico dos Sopranos, nem dois personagens genéricos do Poderoso Chefão, mas TRÊS personagens genéricos dos Bons Companheiros no roster.
É um mundo triste para se ter filhos.
FEIO
Wes Lee
Não, o Wes Lee não é feio, mas a situação na qual a carreira dele se encontra no momento é no mínimo deprimente. Ano passado, em um momento do tempo no qual essa parceria NXTNA parecia algo interessante e instigante e não somente um gasto de show e energia e má criatividade, Lee tinha relevância e um arco de personagem interessantíssimo.
Depois de passar por lesões e embates com Oba Femi pelo título Norte Americano, o ex-TNA finalmente teve a chance de se reunir com seus antigos amigos de Rascalz e realizar bons combates contra No Quarter Catch Crew e até lutar pelo título de duplas da Fraxiom em um combate que dá gosto de ver num show semanal de qualquer brand.
Aí ele teve um heel turn em cima dos Rascalz e foi tudo para o buraco. Apesar de duas boas lutas contra Zachary Wentz, desde a traição parece que um karma real surgiu por uma maldade imaginária e a participação do lutador passou a ser somente uma figuração de luxo com aspectos mais desinteressantes do que venda de bijuteria na madrugada.
No último NXT ele perdeu para Joe Hendry, o que não é demérito dado o momentum pelo qual o pseudo músico está passando, porém também não sinaliza nenhum panorama de melhora.
A vingança nunca é plena e alguém precisava avisar isso para a vida quando o assunto é Wes Lee.
Enquanto não avisam, a gente espera até o próximo texto. Um abraço.