Eu fiquei matutando por dois segundos se havia uma resposta resumida para esse problema de maneira que eu pudesse começar esse texto com uma boa direita.
Não rolou, então vou ser prolixo e chato para um caralho.
O problema
Vou chutar que desde Omega vs Okada este senso de confronto épico passou a ser hipervalorizado dentro do conceito de luta dos próprios lutadores.
Pareceu ganhar corpo esta noção de que um combate, para ser muito bom, precisa ter quase uma hora, consistir em um começo lento, chegar num final com 27 reversals e acabar com o Kevin Kelly gritando o finisher com emoção (isso se você estiver assistindo em inglês).
Em algumas situações isso funciona. Em algumas.
Quando isso passa a espirrar em ações como a do nerdola do Tony Khan achando que toda luta importante tem que ter uma hora ou acabar por time limit, da merda.
Isso sem contar na sede que tem de encontrar um novo Okada vs Omega. Parece que tudo precisa virar mega saga, trilogia.
Nem tudo precisa ser épico nessa vida. Nem todo jogo de campeonato é final, inferno!
Todo mundo naquela maldita empresa já se enfrentou no Main Event, já perdeu e ganhou mil vezes, já deu kick out de Rainmaker e já aguentou 40 minutos de porrada franca.
As vezes até os combates de Jr parecem influenciados por essa ilógica sensação de continuidade.
Talvez o problema das big matches na New Japan real seja:
Elas têm muito a cara da New Japan.
Kenoh e Nakajima tiveram duas lutas muito fodas há pouco tempo e nenhuma delas me deu essa sensação de estar comendo merda que Shingo vs Okada me deu.
O mesmo vale pras lutas entre a Syuri e Utami Hayashishita pelo World Of Stardom.
O problema sou eu porra, acho que eu preciso parar de ver a New Japan. O produto é repetitivo, é chato, é monótono, é desinteressante. Parece que foi uma boa ideia largada para trás.
E mesmo assim assistimos dois dias de WK e vou ver o terceiro contra a NOAH amarradão. (Desculpa mosca, atrasei seu texto e essa frase ficou fora de contexto agora. Mas sei que você só importa com dinheiro então tá tudo certo.)
A gente tem é que se fuder mesmo.