Meus camaradas, estamos diante de um novo momento na Luta Livre mundial. Afinal, nossas semanas estão preenchidas de muitas histórias dos mais variados tipos. Os fins de semana terão outro significado, pois serão os dias que não seremos agraciados com atrações do mainstream.
Hoje falaremos da mais antiga delas, que ganhou uma reforma no melhor estilo programa dominical da Rede Record de Televisão.
A nova temporada do RAW na USA Network proporcionou tudo o que um fã de Pro-Wrestling deseja assistir: um grande novelão. Desde os primeiros segundos da atração – que tem Dio Maddin como seu protagonista – a trama já nos deixou apreensivos. Brock Lesnar, com nenhuma piedade, colocou a vida da família Mysterio em xeque. O lutador atacou Rey e seu filho, Dominick, como se fossem dois bonecos de pano.
Deu pena, mas foi legal. Lesnar é um monstro sem coração e sua missão é causar dor e sofrimento.
O que rolou de novo?
O cenário foi repaginado. A grande titantron de tela curva deu lugar a um telão em formato de rampa, uma clara alusão ao falecido vocalista do Charlie Brown Jr, Chorão.
Além disso, os gráficos do show melhoraram substancialmente. Eu gosto de gráficos novos, ainda mais quando eles são bonitos.
Agora, temos um novo trio de comentaristas: Vic Joseph, que narra os shows; Jerry Lawler, que fala besteiras; e Dio Maddin, que nos dá a oportunidade de ouvir suas palavras durante um período de 3 horas. Ele poderia ser meu pai.
O que rolou de velho?
O Miz TV reuniu dois dinossauros da Luta Livre para a Season Premiere do RAW: Ric Flair e Jimmy Hart.
No segmento, Mizanin anunciou que Ric Flair será treinador de um time de 5 lutadores que enfrentarão a Ku Klux Klan no Crown Jewel, próximo evento da WWE na Arábia Saudita. Isso mesmo, a WWE novamente vai levar seus talentos para o regime sanguinário do médio oriente. Mais uma vez não cobriremos, é nosso dever boicotá-lo.
Os capitães também foram decididos: Randy Orton será o capitão do time do seu ex-parceiro de Evolution, enquanto Seth Rollins representará a KKK. A decisão veio à calhar, haja visto que o campeão Universal já teve relações bem íntimas com o neonazismo estadunidense.
Para completar, Rusev foi o protagonista final do segmento, aliando-se à KKK e, ironicamente, comemorando ao som de ‘Real American’. O som provavelmente celebra o aceite do governo do país em relação à cidadania do nosso bigodudo.
Mas se aliar aos racistas nunca será passível de impunidade. Te explicarei no próximo tópico.
Demônios, retornos, traições
Demônios invadindo corpos. Pessoas retornando depois de meses fora. Traição em público. O final do RAW foi tão eletrizante que poderia ser confundido com uma novela das 7 brasileira. Teria Paul Heyman feito uma imersão nos estúdios Globo e trocado uma ideia com Miguel Falabella?
Nunca saberemos.
O que sabemos, de fato, é o seguinte: Lana, retornando de um longo tempo de férias, reapareceu durante o combate entre Rusev – seu esposo – e Seth Rollins. No entanto, ela não estava desacompanhada. Em um momento surpreendente, se atracou com Bobby Lashley na frente de seu cônjuge.
Se aliar aos racistas nunca será passível de impunidade.
Se João Kleber estiver nos lendo, ou se assistiu o RAW, tenho certeza que dormiu feliz. Não houve nada mais próximo dos seus programas – na televisão mundial aberta e fechada – que a Season Premiere da marca vermelha da WWE.
Luta Livre pastelão me faz sorrir.
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