Tony Khan continua expansão com o novíssimo AEW Dark of Honor

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Após as recentes gravações do novo show da Ring of Honor, as semelhanças com o AEW Dark não passaram despercebido.

Sabe quando você abre o aplicativo da Shopee e sai comprando coisas que nem tem muita serventia por mero impulso? Quando se tem bilhões de dólares na conta, parece que a chance disso acontecer com uma empresa de wrestling é grande.

Haviam muitas expectativas sobre o que aconteceria com a Ring of Honor na mão de Tony Khan, com até mesmo a esperança de encontrar espaço televisivo para o show na Warner Bros. Discovery. Nós antecipamos que isso dificilmente aconteceria, pois a WBD já havia deixado claro a intenção de cortar gastos com novos shows. Sem o contrato de TV, restou apenas resgatar o HonorClub para ao menos cumprir a promessa de manter a grande biblioteca da ROH viva.

Sem o aporte financeiro necessário para tornar o show grandioso, sobrou para a Ring of Honor aceitar a posição como um terceiro Dark. O formato altamente elogiado pelos fãs da AEW para descoberta de novos talentos, mas que não viu até hoje um talento sequer quebrar a barreira do midcard.

Para quem exigia enorme imediatismo do outro lado da cerca com os talentos mal aproveitados do NXT, é curioso que os fãs da AEW vejam o Dark como uma plataforma eficiente para amplificar a visibilidade dos talentos da empresa.

Foto: Jay Reddick

É preciso separar a Ring of Honor da AEW

Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Não existe frase melhor para definir. A gravação dos dois primeiros episódios desse reinício da ROH contaram com 20 lutas, e dessas apenas 4 são femininas.

Não se enganem, alguns nomes nas gravações são muito bons e certamente vão impressionar, mas isso é o que já se esperaria deles. Precisamos mesmo de mais um show entupido de lutas com o mesmo formato? Ou poderíamos ver muito mais se a ROH recebesse uma atenção exclusiva?

Tony Khan é o CEO da AEW e da ROH, além disso ele é vice presidente de administração de futebol e tecnologia do Jaguars, vice-chairman e diretor de operações de futebol do Fulham, e também dono e presidente da empresa analítica esportiva TruMedia Networks.

Sinceramente, é impossível dar conta de fazer um bom trabalho em todas essas frentes. O pato nada, voa e anda, mas nenhuma das funções ele consegue fazer direito.

Esse foi o primeiro ano que a AEW teve mais críticas e crises do que pontos positivos, vendo sua audiência estagnar pela primeira vez enquanto se aproxima de uma nova discussão sobre direitos televisivos. Se as coisas continuarem como estão, a ROH corre risco semelhante, pois o seu começo já não foi dos mais promissores.

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