As Celebridades mais Fanáticas por Luta Livre! – Parte 1

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Você, admirador de luta livre, já deve ter se sentindo solitário ou mesmo hostilizado pelos outros ao seu redor. Principalmente na sociedade brasileira, onde a modalidade é subjugada ao máximo, torna-se uma jornada épica tentar explicar para aos outros a razão de você adorar esse universo paralelo. Sim, eu sei como é que é, também já senti o mesmo.

Porém, meu caro amigo leitor, não se abale emocionalmente. Há por ai uma infinidade de pessoas que compartilham o mesmo amor pela luta livre que você! Além disso, muitos desses são pessoas que você certamente conhece, pois são artistas nas mais diferentes áreas do entretenimento. Há uma lista extensa de nomes celebres que, assim como você, também idolatram a arte das lutinhas, indo do bilionário Mr. Burns do Simpsons (vide episódio “Gorgeous Grampa”) até, supostamente, Elvis Presley.

Duvida que isso possa ser verdade? Então mostrarei para você algumas das celebridades mais notáveis por amar wrestling profissional. Mesmo sendo difícil comparar a paixão de uma pessoa para outra sobre algo, vamos ver qual artista merece se destacar por fazer algo para o pro wrestling além de ficar em casa assistindo esporadicamente algum dos programas da WWE ou por participar de algum evento de wrestling para somente se auto-promover. Sendo assim, se acomode o mais confortável possível, pois vamos dar inicio a primeira parte do nosso artigo. Aproveite.

Ronda Rousey

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Existe há muito tempo uma rivalidade não declarada entre fãs de wrestling profissional e de MMA, ou mais especificamente, fãs de WWE e de UFC. Mesmo sendo duas modalidades completamente diferentes, é comum ver uma discussão infantil de qual espetáculo é melhor, onde há trocas de ofensas e acusações aleatórias. Em meio a tudo isso, a lutadora Ronda Rousey surge como uma espécie de elo entre esses dois mundos.

A participação da campeã do UFC no Wrestlemania XXXI ao lado do The Rock só foi a ponta do iceberg, desde muito cedo a luta livre influenciou sua vida pessoal e profissional. Seu apelido Rowdy, por exemplo, foi inspirado na lenda Roddy Piper, o qual ela declaradamente afirma ser um de seus pro wrestlers favoritos de todos os tempos. O próprio lutador permitiu pessoalmente que Ronda utilizasse o tal apelido. Após sua morte em julho desse ano, a vitória de Rousey sobre a brasileira Bethe Correia foi dedicada à memória de Roddy Piper, seu herói de infância.

Outra conexão entre a lutadora e o pro wrestling é o grupo feminino chamado “The Four Horsewomen”, ao qual ela faz parte ao lado de outras três lutadoras de MMA (Shayna Baszler, Jessamyn Duke e Marina Shafir). Esse nome é uma alusão direta a clássica stableThe Four Horsemen”, que fez muito sucesso na NWA e WCW. Essa aliança feminina já teve a aprovação formal de Ric Flair e Arn Anderson, dois dos “cavaleiros” originais.

Acho que isso é suficiente para provar sua paixão pelo pro wrestling, não é mesmo? Se não for o suficiente, deixo por fim esse tweet que Rousey aparentemente postou direcionado a Dana White, após o chefão do UFC menosprezar a luta livre e seus fãs em uma rede social.

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Jack Nicholson

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Jack Torrance, Randle McMurphy, George Hanson, Frank Costello, Melvin Udall, Edward Cole, Coringa. Esses nomes são apenas um mínimo do tanto que Jack Nicholson já ofereceu para a sétima arte, uma enorme diversidade de personagens memoráveis. Porém, um papel que esse premiado ator “interpreta” em seu dia a dia fará com que muitos não acreditem que seja verdade: o de fã de luta livre.

Essa descrença é compreensível, porque existe uma infinidade de boatos e lendas sobre o fanatismo de Nicholson rondando pela Internet, que no final das contas não apresentam provas concretas. Alguns fatos alegados são a amizade do ator com o hall of famer George Steele, o favoritismo por John Cena no roster atual e até o desejo do ator em formar uma federação própria de pro wrestling. A mais plausível de todas é a vontade de Nicholson em introduzir Ric Flair no Hall of Fame da WWE, seu declarado wrestler favorito de todos os tempos, que infelizmente não ocorreu nas duas oportunidades em que o lutador foi homenageado (2008 e 2012).

Mesmo se a maioria não condisser com a realidade, somente sua presença na plateia de alguns shows da WWE e a vergonha alheia da sua participação ao lado de Goldust em um dos episódios do Raw, já fazem de Nicholson um dos fãs mais celebres de toda a história do pro wrestling.

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Amy Winehouse

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Temos agora a presença de uma figura singular, que marcou uma geração trazendo ar novo à sufocada mesmice comercial e descartável da música pop. Amy Winehouse era uma verdadeira artista, conseguia se bastar no meio artístico apenas por sua poderosa voz e não por nenhum outro artifício. Ela era diferente das cantoras de sua época, o que lhe trouxe fama entre aqueles que não se encaixavam com o cenário musical vigente e que necessitavam de um refúgio. Amy foi uma mártir, mesmo não estando claramente preparada pra aguentar o peso do sucesso. Ela definhava dia após dia, até nos deixar em 2011 aos 27 anos de idade.

Voltando ao assunto principal dessa lista, além de seu vicio em bebidas e em cocaína, ela também era viciada em luta livre, uma droga que pode ser tão prejudicial quanto. Ao menos, é o que consta em uma biografia póstuma escrita pelo jornalista Chas Newkey-Burden, onde dentre uma das passagens é relatado o amor da inglesa por wrestlers como Chris Jericho e Rob Van Dam. Consta no livro, em uma tradução livre (e porca):

“Quando criança Amy era confortada não apenas pelo seu amor pela música: ela era também uma grande fã de wrestling americano. Um amigo anônimo afirma que ela era viciada por shows como Smackdown e Raw. Ela até chegou a conhecer um de seus heróis, Chris Jericho, que era um dos maiores nomes dentro do esporte. ‘Amy estava tão animada em encontrá-lo, ela não conseguia parar de falar sobre. Ela se animava muito mais em conhecer um lutador do que qualquer músico’. Ela era também fã de Rob Van Dam e, supostamente, ficava louca sempre que ele estava na TV”.

Essa de “amigo anônimo” traz um abismo gigante em credibilidade na veracidade da história. Porém, analisando uma breve passagem do documentário “Amy” (que ganhou um Oscar como melhor documentário em 2016), há ainda alguma esperança de que isso seja realmente verdade. Em uma cena deletada, Winehouse aparenta ser bem familiarizada com nomes como The Rock e Chyna, ao citá-los após avistar um restaurante temático da WWE em Nova York (perto do final do vídeo abaixo). De qualquer modo, caso seja realmente verdadeira, é fantástico pensar que uma artista tão icônica quanto Amy possa um dia ter sido uma fã tão assídua de luta livre.

Billy Corgan

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Se você não o conhece, esse é Billy Corgan, líder dos Smashing Pumpkins, banda que tem dentre seus sucessos músicas como Tonight Tonight, Bullet with Butterfly Wings, 1979 e Cherub Rock. Como eu disse no começo desse artigo, é difícil medir e comparar o fanatismo de uma pessoa para outra sobre qualquer coisa. Porém, analisando o tanto que Corgan fez para o mundo da luta livre, ele é um forte candidato ao posto de maior fã famoso do mundo. Ele passou, e muito, o status de admirador esporádico do esporte.

Quesito básico, ele é fã de pro wrestling desde criança. Porém, mesmo nesse ponto ele se diferencia dos demais artistas nessa lista, pois seu primeiro contato com esse universo foi através de uma federação pequena em Chicago, promovida pela figura local Bob Luce com wrestlers em sua maioria em decadência ou de pouca notoriedade nacional. Ou seja, sua paixão não foi, como muitos, moldada simplesmente pela fama de grandes astros como Hulk Hogan, Andre the Giant e Randy Savage, que eram verdadeiros imãs midiáticos na década dourada da luta livre. A ligação de Corgan com a WWF, maior empresa do ramo, só se dá nos anos 90, com a ascensão de Stone Cold e The Rock, declarados ídolos do cantor.

Por falar em WWF (atual WWE), ele nunca teve uma participação especial em algum dos eventos da empresa. Já em federações de menor expressão, Corgan já deu a honra de sua presença, tais como a finada ECW, TNA e até na mexicana AAA. Nessa última, durante passagem pelo México em turnê, Corgan selou a conexão entre rock e pro wrestling trazendo para o palco do show da sua banda alguns luchadores da empresa. Bem, a imagem abaixo diz tudo.

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Há tanta conexão entre o vocalista do Smashing Pumpkins e a luta livre que sozinho ele já encheria um artigo com uma infinidade de fatos. Como vemos, ele não se contenta em apenas assistir, ele tenta por diversas formas fazer parte do sistema todo, algo que poderia afetar até sua carreira como músico devido sua dedicação com o esporte. Tanto que em abril desse ano ele se tornou parte da equipe criativa da TNA, e tentará, segundo suas próprias palavras, modificar a percepção dos espectadores sobre o mundo do pro wrestling. Nota-se que esse não é a primeira vez que ele tenta agregar algo valioso para os fãs, anos atrás Billy fundou a Resitance Pro Wrestling, uma federação de wrestling profissional que já teve em seu ringue alguns nomes conhecidos da cena indy, como El Generico (Sami Zayn), Kevin Steen (Kevin Owens), Teddy Hart e Colt Cabana. Preciso dizer mais alguma coisa? Obviamente que não. Apenas deixarei, pra fechar com chave de ouro, o pensamento do próprio Corgan sobre pro wrestling, relatado em entrevista dada a um site especializado na área:

“Wrestling é uma daquelas coisas que, para a cultura mainstream, é incompreendido. […] As pessoas em geral não tem problema em suspender suas descrenças por Bruce Willis em Duro de Matar mas o fato de wrestling ser algo ao vivo e vir de uma cultura carnavalesca, é meio que contaminado. Eu constantemente tento explicar para as pessoas o que eu acho fascinante sobre wrestling profissional e porque é uma alta forma de arte”.

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Por enquanto, acabamos. Esse é o fim da primeira parte do nosso artigo, fique atento para a próxima parte, que em breve será postada. Obrigado pela atenção, e até logo!

Parte 2

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