Mister Long River

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Ver o estilo de alguém na TV faz qualquer criança sonhar. Na real pode fazer até um adulto sonhar se você for bom o suficiente e nada é mais combustível de um bom sonho do que um vilão. 

Vem desgraça

O filha da puta é o que gira a roda do mundo da lutinha. A cobrinha no Eden esperando os dois otários e pelados virem comer maçã, o irmãozinho esperando o outro com uma pedra na mão e todas as outras histórias que começaram com alguém esperto o suficiente para fazer o que ele podia fazer

Não que matar seu irmão seja a coisa correta a fazer, mas ele tinha a capacidade para fazer. O Mister Long River não matou seu irmão, mas ele poderia fazê-lo caso fosse sua vontade, poderia fazer tudo, dobrar a própria IWC a sua vontade e botar o Meltzer pra mamar vestido de Doctor of Thuganomics. 

O “homem mau” – NO ENEM! – é o cara mais divertido da sala, é o cara que faz o final da história ter sentido e faz isso sendo odiado. 

Não faz muito sentido um vilão com o qual você simpatize demais. Faz sentido alguém que voce entenda um aspecto e desaprove todos os outros, que você olhe e fale “se fizesse de outro jeito talvez fosse bom”.

COMPREXO

A parte legal da luta livre é que pode ser tão simples quanto biscoito no leite: Bom vs Mau, forte vs fraco, gostoso x gostoso. Na mesma medida a luta pode ser complexa, ter um pouco mais de nunance até você não saber quem está certo ou errado. Tudo é uma questão de linguagem e na lutinha, como no teatro, a linguagem evolui. 

Esse passo a mais não quer dizer que o cara filho da puta tem que ser um personagem complexo e cheio de camadas e coisa e tal. isso é só ser chato para um caralho mesmo. As vezes o avanço da linguagem é fazer essa coisa super simples ser vista como algo novo, dar um novo gostinho pro vilão (parada estranha). 

O Heelzão mora ali no circulo do extremamente necessário”. Ver gente legal brigando da pena, ver filho da puta sacaneando os outros da show. É sobre isso.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do WrestleBR

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