Decidi dar continuidade a essa série clássica do nosso site onde contei parte da minha história com a luta livre relembrando a luta que mais gostei durante cada um dos anos em que acompanho a WWE. Tenho certeza que a maioria aqui ainda se lembra dessa história, e com certeza guardam com carinho. Estávamos em um momento onde parecia que a WWE caminharia pelo mesmo erro do ano anterior, só que dessa vez sem perspectiva de que teríamos um final feliz.
Para dar base a essa história, precisamos lembrar de como Seth Rollins fez de sua maleta do Money in the Bank um reinado. Os acontecimentos por volta dessa maleta possuem prestígio tão grande quanto de muitos reinados de cinturões, Rollins valorizava seu prêmio e mostrava que cedo ou tarde, sua hora iria chegar. A maleta foi conquistada graças a uma ajuda de Kane, que tirou Dean Ambrose de jogo justo na hora em que o lunático capturaria o seu sonhado passaporte para o título mundial.
A partir daí foram meses de rivalidade entre Seth Rollins e Dean Ambrose, ainda mordidos pela traição que ocasionou o fim da Shield, os dois protagonizaram vários embates no decorrer do ano, em todos Rollins saiu vitorioso. Venceu no Battleground sem sequer lutar, graças à Authority, venceu no Summerslam em uma Lumberjack Match com a controvérsia de sempre trapacear para vencer. Logo depois, Rollins mandou Ambrose para o hospital ao executar o saudoso Curb Stomp no concreto em uma edição do RAW. Ainda pudemos conferir Rollins conseguir escapar de uma luta com Roman Reigns graças a uma lesão de última hora no Night of Champions, e posteriormente no acerto de contas com Dean Ambrose no Hell in a Cell, graças a uma invasão misteriosa de Bray Wyatt, novamente vemos Rollins mostrar o porquê de posteriormente ele ser entitulado o novo Ultimate Opportunist. Ele só foi perder uma luta no Tables, Ladders & Chairs, e bom… só perdeu porque enfrentou John Cena.
Agora voltamos ao nosso foco principal. Estamos dando início a Road to Wrestlemania com o Royal Rumble, e o público está ansioso por algo decente dessa vez, ainda não recuperados do péssimo resultado recebido em 2014 com a vitória de Batista. Até então tudo estava andando normalmente, assistimos Brock Lesnar manter seu cinturão conquistado no Summerslam, vencendo John Cena e nosso querido vilão Seth Rollins, que tentou fazer história sendo WWE Champion e possuindo a maleta do Money In The Bank ao mesmo tempo. Não conseguiu, e nós acompanhamos de perto a Rumble match. E que desastre. A WWE errou feio em colocar e eliminar Daniel Bryan de forma aleatória no meio da luta, sequer o deixando para os últimos quatro. Ele já havia competido no PPV e ainda era o querido do público, colocá-lo na Rumble match deveria possuir algum enredo mais específico. Mas diferente disso, vimos a WWE desenhando o óbvio para o final, deixando Roman Reigns, ainda não convincente para o público, para enfrentar no final Kane, Big Show e um escondido Rusev. Todo mundo sabia quem sairia vitorioso, e nem The Rock invadindo a luta impediu a plateia de mostrar seu sentimento de revolta, e nem o The Great One conseguiu disfarçar a percepção do público.
O destino estava traçado. Teríamos Brock Lesnar vs. Roman Reigns como evento principal da Wrestlemania 31. E ninguém estava contente com isso. Lesnar é um nome mais do que forte, mas não é um cara que está ali todas as semanas pra desenvolver uma boa história, então ele precisa que seu adversário seja alguém completo o suficiente para suprir a sua ausência. Mas Roman Reigns não é esse cara. E isso ficou evidente na construção da luta. Tivemos um foco muito maior em outras histórias do que na que valia o cinturão principal da empresa, tudo porque nada dava certo. A única coisa que podíamos tirar dessa luta é que no final ficaríamos descontentes.
Antecedendo a Wrestlemania, tivemos o Fastlane. Logo no pre-show vimos o retorno de Randy Orton, que serviu pra encher linguiça da história da Authority e dar ao Seth Rollins uma luta na Wrestlemania. Enquanto que no evento principal vimos Daniel Bryan disputar o direito de enfrentar Brock Lesnar na Wrestlemania pelo WWE Championship, contra Roman Reigns, o que já mostra a fraqueza que foi deixar Reigns ganhar a Royal Rumble. Essa foi a forma da WWE se entregar ao público que errou, mas não adiantou de nada porque no final Reigns saiu vitorioso, além de ser o primeiro superastro a escapar de um pin após sofrer um Running Knee de Bryan.
Chegamos na Wrestlemania. Assim como qualquer outra, independente do card o clima é único e agradável. E já na segunda luta do card temos Randy Orton contra Seth Rollins. Os dois colocaram para o público uma luta boa, com ambos escapando de seus finishers. Até que Randy Orton colocou mais uma variação de RKO espetacular pra sua lista, ao reverter o poderoso Curb Stomp de Rollins em um mais poderoso e fatal RKO.
No evento principal, os dois gigantes se colidiram. E a luta não estava ruim, com um brawl bastante ofensivo, Brock Lesnar e Roman Reigns deram tudo de si, com até agressividade demais, visto os cortes no rosto de Lesnar. Depois de levar Reigns pra Suplex City, vimos um Lesnar incrédulo porque Reigns escapou do terceiro F-5, feito que nem Undertaker conseguiu na Wrestlemania passada. Por outro lado, também vimos Lesnar sobreviver a três Superman Punches e dois Spears. Inacreditável. Reigns tentou o último e derradeiro Superman Punch, mas Lesnar o reverteu no quarto F-5 da noite.
Eis que surge Seth Rollins e sua maleta. Ele enxergou a oportunidade diante de seus olhos com ambos lutadores totalmente derrotados. O público se enlouqueceu. Rollins transformou a luta pelo WWE Championship em uma triple threat match. Rapidamente ele se livrou de Roman Reigns do ringue e atingiu seu catastrófico Curb Stomp para a vitória. Temos um novo campeão.
Depois disso vimos o crescimento estrondoso do personagem de Seth Rollins, conquista pós conquista. Já estava ficando difícil buscar motivos para odiá-lo. Até mesmo capturar ambos WWE e USA Championship ele foi capaz. Infelizmente, sua lesão no joelho interrompeu seu momento. Mas com certeza ela abrirá caminhos para novas histórias, e sinto que não será a única vez que Seth Rollins marcará presença nessa minha série.
Gostou? Confere aí embaixo os outros anos!
2008 – 2009 – 2010 – 2011 – 2012 – 2013 – 2014 – 2015 – 2016 – 2017
que série de artigos FODA. não para nunca, cara!